A Atitude e o Conhecimento dos Profissionais na Utilização de Rins de Doadores com Critérios Expandidos no Brasil: Perspectivas e Recomendações

Autores

  • Joel de Andrade Governo de Santa Catarina – Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina – Central Estadual de Transplantes – Florianópolis (SC) – Brasil. https://orcid.org/0000-0002-7860-8388
  • Claudia Affonso Silva Araujo Universidade Federal do Rio de Janeiro – Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração – Centro de Estudos em Gestão de Serviços de Saúde – Rio de Janeiro (RJ) – Brazil. https://orcid.org/0000-0003-0290-4807
  • Marina Martins Siqueira Hospital Israelita Albert Einstein – Centro de Políticas de Saúde – São Paulo (SP) – Brazil. https://orcid.org/0000-0002-2749-8086
  • Mônica Ferreira da Silva Universidade Federal do Rio de Janeiro – Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração – Centro de Estudos em Gestão de Serviços de Saúde – Rio de Janeiro (RJ) – Brasil. https://orcid.org/0000-0002-6582-4030

Palavras-chave:

Transplante de Rim, Doação de Tecidos e Órgãos, Utilização de Órgãos, Sistemas de Saúde, Tomada de Decisões

Resumo

Objetivos:  Investigar como atitudes e o nível de conhecimento de profissionais da área de transplantes influenciam a utilização de rins de doadores com critérios expandidos (DCE) no Brasil e identificar ações de gestão que possam melhorar esse aproveitamento. Métodos:  Estudo qualitativo baseado em entrevistas semiestruturadas com 25 especialistas do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), incluindo coordenadores de doação, equipes transplantadoras e representantes institucionais. A análise buscou compreender os fatores que impactam a decisão de utilizar rins DCE e identificar oportunidades de melhoria no processo. Resultados:  A baixa utilização desses órgãos está associada à falta de informação, percepções de risco não baseadas em evidências e práticas clínicas heterogêneas. A pesquisa sugere ações viáveis, como maior transparência de dados, capacitação profissional, padronização de critérios e melhoria na comunicação entre as equipes envolvidas. Conclusão:  O estudo oferece recomendações práticas para gestores e profissionais com o objetivo de ampliar o uso de rins ECD, aumentar a efetividade do transplante renal no país e salvar mais vidas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Joel de Andrade, Governo de Santa Catarina – Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina – Central Estadual de Transplantes – Florianópolis (SC) – Brasil.

Jo

Referências

1. Almeida J, Araujo CAS, De Aguiar Roza B, Siqueira MM, Rocha E. Risk analysis of the organ donation-transplantation process in Brazil. Transplant Proc, 2021; 53(2): 607-11. https://doi.org/10.1016/j.transproceed.2021.01.018

2. Marinho A, Araújo CAS. Using data envelopment analysis and the bootstrap method to evaluate organ transplantation efficiency in Brazil. Health Care Manag Sci, 2021; 24(3): 569-81. https://link.springer.com/article/10.1007/s10729-021-09552-6

3. Andrade J, Figueiredo KF. Impact of educational and organizational initiatives in organ donation in a Southern Brazilian state in the last decade. Transplant Proc, 2019; 51(3): 625-31. https://doi.org/10.1016/j.transproceed.2018.10.033

4. Vanholder R, Domínguez-Gil B, Busic M, Cortez-Pinto H, Craig JC, Jager KJ, et al. Organ donation and transplantation: a multi-stakeholder call to action. Nat Rev Nephrol, 2021; 17(8): 554-68. https://doi.org/10.1038/s41581-021-00425-3

5. Silva SB, Caulliraux HM, Araújo CAS, Rocha E. Uma comparação dos custos do transplante renal em relação às diálises no Brasil. Cad Saude Publica, 2016; 32(6): e00013515. https://doi.org/10.1590/0102-311X00013515

6. Pérez-Sáez MJ, Montero N, Redondo-Pachón D, Crespo M, Pascual J. Survival benefit from kidney transplantation using kidneys from deceased donors aged ≥ 75 years: a time‐dependent analysis. Am J Transplant, 2016; 16(9): 2724-33. https://doi.org/10.1111/ajt.13776

7. Chaudhry D, Chaudhry A, Peracha J, Sharif A. Survival for waitlisted kidney failure patients receiving transplantation versus remaining on waiting list: systematic review and meta-analysis. BMJ, 2022; 376: e068769. https://doi.org/10.1136/bmj-2021-068769

8. Soares LSS, Brito ES, Magedanz L, França F A, Araújo WN, Galato D. Solid organ transplantation in Brazil: a descriptive study of distribution and access inequalities across the Brazilian territory, 2001-2017. Epidemiol Serv Saúde, 2020; 29(1): e2018383. https://doi.org/10.5123/S1679-49742020000100005

9. Gómez EJ, Jungmann S, Lima AS. Resource allocations and disparities in the Brazilian health care system: insights from organ transplantation services. BMC Health Serv Res, 2018; 18(1): 90. https://doi.org/10.1186/s12913-018-2851-1

10. Associação Brasileira de Transplante de Órgãos. Dimensionamento dos transplantes no Brasil e em cada estado (2015-2022). Registro Brasileiro de Transplantes. 2022; XVII (4). Disponível em: https://site.abto.org.br/wp-content/uploads/2023/03/rbt2022-naoassociado.pdf

11. Moura LC, Matos GM. Manual do núcleo de captação de órgãos: iniciando uma Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes – CIHDOTT. Barueri: Minha Editora; 2014.

12. Westphal GA, Garcia VD, Souza RL, Franke CA, Vieira KD, Birckholz VRZ, et al. Diretrizes para avaliação e validação do potencial doador de órgãos em morte encefálica. Rev Bras Ter Intensiva, 2016; 28(3): 220 55. https://doi.org/10.5935/0103-507X.20160048

13. Mota LS, Oliveira CMC, Pinheiro Junior FML, Santos LCO, Nóbrega DG, Fernandes PF, et al. Estudo comparativo entre transplantes renais com doador falecido critério expandido e critério padrão em um único centro no Brasil. J Bras Nefrol, 2016; 38(3): 334-43. https://doi.org/10.5935/0101-2800.20160051

14. Rose C, Schaeffner E, Frei U, Gill J, Gill JS. A lifetime of allograft function with kidneys from older donors. J Am Soc Nephrol, 2015; 26(10): 2483-93. https://doi.org/10.1681/asn.2014080771

15. Rijkse E Ceuppens S, Qi H, IJzermans JNM, Hesselink DA, Minnee RC. Implementation of donation after circulatory death kidney transplantation can safely enlarge the donor pool: a systematic review and meta-analysis. Int J Surg, 2021; 92: 106021. https://doi.org/10.1016/j.ijsu.2021.106021

16. Cooper M, Formica R, Friedewald J, Hirose R, O’Connor K, Mohan S, et al. Report of National Kidney Foundation Consensus Conference to decrease kidney discards. Clin Transplant, 2019; 33(1): e13419. https://doi.org/10.1111/ctr.13419

17. Ojo AO, Hanson JA, Meier-Kriesche HU, Okechukwu CN, Wolfe RA, Leichtman AB, et al. Survival in recipients of marginal cadaveric donor kidneys compared with other recipients and wait-listed transplant candidates. J Am Soc Nephrol, 2001; 12(3): 589-97. https://jasn.asnjournals.org/content/12/3/589

18. Chapman JR, O’Connell PJ, Nankivell BJ. Follow-up after renal transplantation with organs from donors after cardiac death. Transpl Int, 2006; 19(9): 715-9. https://doi.org/10.1111/j.1432-2277.2006.00341.x

19. Greenstein SM, Moore N, McDonough P, Schechner R, Tellis V. Excellent outcome using “impaired” standard criteria donors with elevated serum creatinine: outcome using “impaired” standard criteria donors with elevated serum creatinine. Clin Transplant, 2008; 22(5): 630-3. https://doi.org/10.1111/j.1399-0012.2008.00932.x

20. Klassen DK, Edwards LB, Stewart DE, Glazier AK, Orlowski JP, Berg CL. The OPTN deceased donor potential study: Implications for policy and practice. Am J Transplant, 2016; 16(6): 1707-14. https://doi.org/10.1111/ajt.13670

21. Stewart DE, Garcia VC, Aeder MI, Klassen DK. New insights into the alleged Kidney Donor Profile Index labeling effect on kidney utilization. Am J Transplant, 2017; 17(10): 2696-2704. https://doi.org/10.1111/ajt.14344

22. Snyder JJ, Salkowski N, Wey A, Israni AK, Schold JD, Segev DL, et al. Effects of high‐risk kidneys on scientific registry of transplant recipients program quality reports. Am J Transplant, 2016; 16(9): 2646-53. https://doi.org/10.1111/ajt.13793

23. Schnier KE, Fischbacher U, Scott DL. Transplantation at the nexus of behavioral economics and health care delivery: transplantation and behavioral economics. Am J Transplant, 2013; 13(1): 31-5. https://doi.org/10.1111/ajt.12028

24. Heilman RL, Green EP, Reddy KS, Moss A, Kaplan B. Potential impact of risk and loss aversion on the process of accepting kidneys for transplantation. Transplantation, 2017; 101(7): 1514-8. https://doi.org/10.1097/TP.0000000000001619

25. Kumar D, Humar A, Kim SJ, Kiberd B. A survey of increased infectious risk donor utilization in Canadian transplant programs. Transplantation, 2016; 100(2): 461-4. https://doi.org/10.1097/TP.0000000000001011

26. Deulofeu R, Bodí MA, Twose J, López P. How to achieve more accurate comparisons in organ donation activity: time to effectiveness indicators. Transplant Proc, 2010; 42(5): 1432-8. https://doi.org/10.1016/j.transproceed.2010.03.097

27. Siqueira MM, Araujo CA, De Aguiar Roza B, Schirmer J. Indicadores de eficiência no processo de doação e transplante de órgãos: revisão sistemática da literatura. Rev Panam Salud Publica, 2016; 40(2): 90-7. https://www.scielosp.org/pdf/rpsp/2016.v40n2/90-97

28. Chen SS, Pankratz VS, Litvinovich I, Al-Odat RT, Unruh ML, Ng Y-H , et al. Expanded criteria donor kidneys with kidney donor profile index ≤ 85%: are we doing enough to counsel our patients? Transplant Proc, 2020; 52(1): 54-60. https://doi.org/10.1016/j.transproceed.2019.11.005

29. Badovinac K, Greig PD, Ross H, Doig CJ, Shemie SD. Organ utilization among deceased donors in Canada, 1993-2002. Can J Anaesth, 2006; 53(8): 838-44. https://doi.org/10.1007/BF03022802

30. Lledó‐García E, Riera L, Passas J, Paredes D, Morales JM, Sánchez‐Escuredo A, et al. Spanish consensus document for acceptance and rejection of kidneys from expanded criteria donors. Clin Transplant, 2014; 28(10): 1155-66. https://doi.org/10.1111/ctr.12434

31. Sibulesky L, Gillingham KJ, Matas AJ. Changing the paradigm of organ utilization from PHS increased risk donors: an opportunity whose time has come? Clin Transplant, 2015; 29(9): 724-7. https://doi.org/10.1111/ctr.12582

Downloads

Publicado

2025-09-19

Como Citar

1.
Andrade J de, Araujo CAS, Siqueira MM, Silva MF da. A Atitude e o Conhecimento dos Profissionais na Utilização de Rins de Doadores com Critérios Expandidos no Brasil: Perspectivas e Recomendações. bjt [Internet]. 19º de setembro de 2025 [citado 2º de outubro de 2025];28. Disponível em: https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/701

Edição

Seção

Artigo Original