Acute-on-Chronic Liver Failure: Diagnóstico ao Transplante Hepático

Jane Cronst; Marcelo de Abreu Pinto; Lucas Prediger; Rafaela Kathrine Silva; Soraia Arruda; Marcio Fernandes Chedid

Autores

Jane Cronst Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Porto Alegre (RS), Brasil.
Marcelo de Abreu Pinto Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Porto Alegre (RS), Brasil.
Lucas Prediger Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Porto Alegre (RS), Brasil.
Rafaela Kathrine Silva Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Porto Alegre (RS), Brasil.
Soraia Arruda Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Porto Alegre (RS), Brasil.
Marcio Fernandes Chedid Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Porto Alegre (RS), Brasil.

Palavras-chave:

Insuficiência Hepática Crônica Agudizada, Cuidados Críticos, Tomada de Decisões, Falência Hepática, Transplante de Fígado, Sobrevida

Resumo

Introdução: Pacientes em acute on chronic liver failure (ACLF) apresentam características distintas daquelas apresentadas por pacientes hepatopatas não ACLF. O grau de ACLF impacta no desfecho com ou sem o transplante, havendo divergências na literatura principalmente no que tange ao prognóstico pós-transplante. Objetivos: Revisar os diferentes aspectos dos pacientes em ACLF, abrangendo os conceitos da síndrome adotados por diversas instituições, o tratamento das complicações, e descrever o conhecimento acerca dos desfechos com ou sem transplante dos portadores da síndrome reportados na literatura. Métodos: Foram incluídos 22 artigos encontrados na busca de bases de dados PubMed, Medline e Biblioteca Eletrônica Científica Online (SciELO) com os descritores “ACLF definitions” e “Liver transplantation ACLF”. Os conceitos e dados apontados nos textos selecionados foram comparados e utilizados como base para redigir este artigo. Resultados: Existem algumas diferenças na definição da síndrome, variando especialmente entre os países do Ocidente e os do Oriente. Pacientes aguardando transplante hepático em ACLF apresentam características distintas daquelas apresentadas por pacientes não ACLF. O grau de ACLF também impacta no desfecho com ou sem o transplante, havendo divergências na literatura principalmente no que tange ao prognóstico pós-transplante dos pacientes em ACLF 3, com tendência cada vez maior na indicação do transplante mesmo para esses pacientes. Conclusões: Os desfechos variam entre pacientes em ACLF de acordo com o grau da doença. O transplante hepático tem sido mais frequentemente indicado em ACLF 3, tendo o tempo de espera impactado os resultados. São necessários mais estudos para definir quais subgrupos de pacientes se beneficiam mais do transplante hepático.