REJEIÇÃO HIPERAGUDA APÓS TRANSPLANTE PULMONAR UNILATERAL: RELATO DE CASO

Autores

  • Marcos Naoyuki Samano Disciplina de Cirurgia Torácica e Disciplina de Pneumologia – Departamento de Cardiopneumologia da FMUSP – São Paulo/SP- Brasil.
  • Mauro Canzian Laboratório de Anatomia Patológica do Instituto do Coração (InCor) – HC/FMUSP Instituto do Coração (InCor) HC/FMUSP– São Paulo/SP- Brasil.
  • Rogério Souza Disciplina de Cirurgia Torácica e Disciplina de Pneumologia – Departamento de Cardiopneumologia da FMUSP – São Paulo/SP- Brasil.
  • Paulo Manuel Pêgo-Fernandes Disciplina de Cirurgia Torácica e Disciplina de Pneumologia – Departamento de Cardiopneumologia da FMUSP – São Paulo/SP- Brasil.
  • Fabio Biscegli Jatene Disciplina de Cirurgia Torácica e Disciplina de Pneumologia – Departamento de Cardiopneumologia da FMUSP – São Paulo/SP- Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.53855/bjt.v9i3.368

Palavras-chave:

Transplante de Pulmão, Rejeição de Enxerto, Imunossupressão, Plasmaférese, Imunohistoquímica

Resumo

Introdução: A falência imediata do enxerto em decorrência de rejeição hiperaguda é um fenômeno conhecido em transplantes cardíacos, renais e hepáticos. No transplante pulmonar é uma ocorrência rara, havendo poucos casos descritos na literatura internacional. Objetivo: Descrevemos o caso de um paciente submetido a transplante pulmonar unilateral por doença pulmonar obstrutiva crônica, que evoluiu com rejeição hiperaguda fatal, poucas horas após a operação. Métodos: Paciente masculino, 36 anos, portador de doença pulmonar obstrutiva crônica grave, com indicação para transplante pulmonar e cuja avaliação inicial evidenciava painel reativo de anticorpos. Este se tornou positivo após transfusões sangüíneas. Foi submetido a transplante unilateral esquerdo sem intercorrências, porém, apresentou rápida deterioração dos parâmetros ventilatórios, com progressiva infiltração radiográfica até completa opacificação do pulmão transplantado. A despeito da otimização dos parâmetros, o paciente faleceu nove horas após o transplante. Não houve possibilidade de realização de plasmaférese. Resultado: As análises histopatológica e imunohistoquímica evidenciaram sinais de rejeição hiperaguda, através de intensa deposição de fibrina, infiltrado neutrofílico exuberante e forte positividade ao fibrinogênio à imunofluorescência, sinais esses, ausentes na lesão de isquemia-reperfusão. Conclusão: Embora a rejeição hiperaguda tenha menor incidência no transplante pulmonar, é uma complicação grave e fatal. A realização do painel reativo de anticorpos é fundamental para se estabelecer rapidamente uma terapêutica agressiva de imunossupressão.

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Publicado

2006-06-01

Como Citar

Samano, M. N., Canzian, M., Souza, R., Pêgo-Fernandes, P. M., & Jatene, F. B. (2006). REJEIÇÃO HIPERAGUDA APÓS TRANSPLANTE PULMONAR UNILATERAL: RELATO DE CASO. Brazilian Journal of Transplantation, 9(3), 579–582. https://doi.org/10.53855/bjt.v9i3.368

Edição

Seção

Relato de Caso