REJEIÇÃO HIPERAGUDA APÓS TRANSPLANTE PULMONAR UNILATERAL: RELATO DE CASO
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v9i3.368Palabras clave:
Transplante de Pulmão, Rejeição de Enxerto, Imunossupressão, Plasmaférese, ImunohistoquímicaResumen
Introdução: A falência imediata do enxerto em decorrência de rejeição hiperaguda é um fenômeno conhecido em transplantes cardíacos, renais e hepáticos. No transplante pulmonar é uma ocorrência rara, havendo poucos casos descritos na literatura internacional. Objetivo: Descrevemos o caso de um paciente submetido a transplante pulmonar unilateral por doença pulmonar obstrutiva crônica, que evoluiu com rejeição hiperaguda fatal, poucas horas após a operação. Métodos: Paciente masculino, 36 anos, portador de doença pulmonar obstrutiva crônica grave, com indicação para transplante pulmonar e cuja avaliação inicial evidenciava painel reativo de anticorpos. Este se tornou positivo após transfusões sangüíneas. Foi submetido a transplante unilateral esquerdo sem intercorrências, porém, apresentou rápida deterioração dos parâmetros ventilatórios, com progressiva infiltração radiográfica até completa opacificação do pulmão transplantado. A despeito da otimização dos parâmetros, o paciente faleceu nove horas após o transplante. Não houve possibilidade de realização de plasmaférese. Resultado: As análises histopatológica e imunohistoquímica evidenciaram sinais de rejeição hiperaguda, através de intensa deposição de fibrina, infiltrado neutrofílico exuberante e forte positividade ao fibrinogênio à imunofluorescência, sinais esses, ausentes na lesão de isquemia-reperfusão. Conclusão: Embora a rejeição hiperaguda tenha menor incidência no transplante pulmonar, é uma complicação grave e fatal. A realização do painel reativo de anticorpos é fundamental para se estabelecer rapidamente uma terapêutica agressiva de imunossupressão.