OXALOSE PRIMÁRIA DIAGNOSTICADA APÓS TRANSPLANTE RENAL - RELATO DE CASO
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v10i3.343Palavras-chave:
Hiperoxalúria Primária, Insuficiência Renal, Transplante RenalResumo
Relata-se um caso provável de hiperoxalúria primária tipo 1 em uma paciente jovem cujo diagnóstico foi realizado apenas após o transplante renal. O objetivo deste trabalho é chamar atenção para uma enfermidade rara de diagnóstico difícil, principalmente quando se trata de paciente em terapia renal substitutiva. Trata-se de uma adolescente de 16 anos em hemodiálise, que se submeteu a transplante renal com doador vivo relacionado (mãe), inicialmente com boa resposta do enxerto, chegando a apresentar creatinina de 1,2mg/dl no 2º dia pós- operatório (DPO), porém com piora progressiva e rápida da função renal no 4º DPO. Realizou-se biópsia renal e a oxalose primária foi diagnosticada. Apesar do tratamento instituído com Piridoxina e diálise diária, houve perda do enxerto. O tratamento definitivo da doença consiste no transplante hepatorrenal, devendo este ser realizado o mais precocemente possível. O conhecimento dessa enfermidade por parte dos nefrologistas é relevante, uma vez que a paciente poderia ter sido mais bem preparada para o transplante renal, se tivesse chegado ao ambulatório com esse diagnóstico.