PADRÃO TH1/TH2 EM TECIDOS RENAIS DE MODELOS AGUDO E CRÔNICO TRATADOS COM CÉLULAS-TRONCO MESENQUIMAIS
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v10i2.330Palavras-chave:
Transplante de Células-Tronco Mesenquimais, Insuficiência Renal CrônicaResumo
A utilização das células-tronco surge como uma nova terapia para doenças renais. Em modelos animais agudos, o tratamento com células- tronco melhora a função renal. Porém, o mecanismo envolvido nesse processo ainda é desconhecido. Objetivo: Avaliar se a proteção renal após a administração de células-tronco decorre da modulação de padrões inflamatórios. Métodos: Células-tronco mesenquimais foram isoladas das medula ósseas de ratos Wistar-EPM. O modelo de isquemia e reperfusão foi realizado através do clampeamento bilateral dos pedículos renais por 1h. Após 6h de reperfusão, foram administradas aos animais 2.105 de células-tronco endovenosamente. Nos modelos de nefrectomia 5/6, os animais foram tratados após 2 semanas com 1.106 de células-tronco iv. Resultados: Após 24 e 48h de reperfusão, os animais tratados apresentaram melhora na função renal no modelo agudo, que se associou a uma redução na expressão do RNAm de IL1β, IL-6 e TNF no tecido renal e aumento dos níveis de IL-4. A expressão de PCNA e a relação BCl2/Bad estavam maiores nos animais tratados. No modelo crônico, a modulação das citocinas IL1β e IL4 se mantiveram, apesar de não haver melhora funcional. A expressão de RNAm de TGFβ e Smad7, assim como de MMP-9 e TIMP-1 não se mostraram diferentes dos animais tratados, entretanto PAI-1 mostrou-se significante reduzido. Conclusão: A terapia com Células-tronco mesenquimais realmente modula a resposta inflamatória tanto em modelos renais agudos como em crônicos, possivelmente acelerando o reparo tubular. Porém, a longo prazo, outros parâmetros como fibrose, não se mostram alterados pela terapia.