PERFIL DAS GASOMETRIAS ARTERIAIS EM POTENCIAIS DOADORES DE ÓRGÃOS E TECIDOS NO ESTADO DE SERGIPE
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v18i4.132Palavras-chave:
Doação de Órgãos, Transplantes, Morte EncefálicaResumo
A maneira como é conduzida a manutenção do doador falecido é de fundamental importância para a efetivação no processo de transplantes e, consequentemente, o aumento da oferta de órgãos e tecidos. Objetivo: Avaliar o perfil das gasometrias arteriais em paciente potencial doador de órgãos e tecidos no estado de Sergipe. Métodos: Estudo retrospectivo de coorte em potenciais doadores de órgãos e tecidos durante o período de janeiro de 2014 a junho de 2015 avaliados pelo serviço Organização de Procura de Órgãos (OPO). As variáveis avaliadas foram: idade, gênero, peso, altura, índice de massa Corporal (IMC); data de internamento, unidade de internamento, dias de internamento, dias de intubação, infecção S/N, uso de antibióticos S/N e gasometria arterial. Foi avaliada a associação entre as variáveis: as diferenças entre proporções foram analisadas por meio do teste de qui-quadrado e do teste exato de Fisher e para a análise das comparações de duas amostras independentes, foi utilizado o teste de Wilcoxon. Foi adotado valor de p<0,05 para significância estatística. Resultados: Foram analisados 73 casos de pacientes que evoluíram para morte encefálica com predomínio de adultos jovens, com média de idade de 39,55, dos quais 47 (64%) eram do sexo masculino. O IMC médio obtido foi de 25,63, e as médias de dias de internamento de dias de intubação foram de 6,69 e 4,89, respectivamente. A maior parte dos pacientes tinha infecção (55%) e 72% estava fazendo uso de antibiótico. Em relação aos parâmetros gasomôtricos avaliados, foi obtida média de 0,58 para a FIO2; 7,26 para o pH; 267,63 mmHg para a PaO2, 42,06 mmHg para a PaCO2 e 98% para a SatO2. Não houve significância estatística para a maior parte dos cruzamentos realizados, à exceção da PaO2 entre gasometrias e dias de intubação e pH entre gasometrias e presença ou não de infecção. Conclusão: A avaliação do perfil gasomôtrico de potenciais doadores permitiu concluir que s o melhores os mantidos em UTIs, os sem infecão e os com IMC abaixo de 25 kg/m2, mas não houve diferençaa estatística entre as gasometrias de pacientes doadores ou não.