DOENÇA LINFOPROLIFERATIVA PÓS-TRANSPLANTE TRATADA COM RITUXIMAB E SIROLIMUS: RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v10i2.335Palabras clave:
Transplante Renal, Transtornos Linfoproliferativos, Sirolimo, ImunosupressãoResumen
Apesar dos benefícios do uso de imunossupressores para prevenir perda do enxerto no transplante renal, eles apresentam vários efeitos colaterais, entre eles as doenças linfoproliferativas que levam, por vezes, à necessidade de redução ou até mesmo da retirada total das drogas imunossupressoras, com risco de rejeição ao enxerto.
Relatamos um caso de um paciente branco, 20 anos, portador de insuficiência renal crônica secundária à Síndrome de Prune Belly, tendo iniciado hemodiálise em 2004, e, após seis meses, submetido a transplante renal e mantida imunossupressão com Tacrolimus, Micofenolato mofetil e Prednisona. No quarto mês pós-transplante renal desenvolveu quadro de doença linfoproliferativa pós-transplante, sendo então retirados imediatamente o Tacrolimus e Micofenolato mofetil, mantido apenas com Prednisona. Após aproximadamente um mês da retirada da imunossupressão, como não houve boa resposta com a redução da imunossupressão associada à terapia antiviral, optamos pela associação de Rituximab ao tratamento, com acompanhamento através de tomografia computadorizada, mostrando remissão total da esplenomegalia e da linfadenomegalia. Baseados em dados da literatura, foi associado Sirolimo à imunossupressão do paciente e mantida Prednisona com boa evolução após dois anos de seguimento.