ANÁLISE DOS RESULTADOS INICIAIS DO PROGRAMA DE TRANSPLANTE RENAL INTERVIVOS NO ESTADO DO PARÁ
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v10i1.322Palabras clave:
Transplante Renal, Mortalidade, Sobrevivência, Fatores de Risco, Sobrevivência de EnxertoResumen
Objetivo: Avaliar os resultados iniciais deste programa, assim como identificar os principais fatores de risco relacionados com a perda do enxerto. Métodos: Foram avaliados retrospectivamente 65 transplantes renais intervivos, quanto à sobrevida do enxerto e sobrevida dos pacientes de um, três e cinco anos. Estas serviram como ponto de corte para a análise da importância de vários fatores de risco do doador e receptor para perda do enxerto. Para análise das sobrevidas foi utilizado o método de Kaplan-Meier. Os modelos de regressão univariado e multivariado de Cox foram utilizados para os fatores de risco. Resultados: As sobrevidas do enxerto e dos pacientes de um, três e cinco anos foram respectivamente 98%, 91% e 83%; 98%, 95% e 87%. O óbito com enxerto funcional ocorreu em 60% dos pacientes. A análise univariada dos fatores demonstrou em ordem decrescente de importância que o número de transfusões, sorologia positiva para hepatite e citomegalovírus, doença de base, tipo de imunossupressão e tempo de diálise foram significativos para a perda do enxerto. A análise multivariada não mostrou qualquer significância estatística. Conclusões: Os resultados iniciais deste programa mostraram-se satisfatórios. Os óbitos por causas não relacionadas ao transplante representaram causa importante de perda do enxerto. Medidas no sentido de melhorar a avaliação clínica pré-operatória e atuar nos fatores de risco devem ser enfatizadas, visando melhorar os resultados do transplante renal intervivos em longo prazo.