IMPACTO EM LONGO PRAZO DA INFECÇÃO DO VÍRUS DA HEPATITE C EM PACIENTES SUBMETIDOS A TRANSPLANTE RENAL
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v11i2.293Palavras-chave:
HCV, Transplante Renal, Falência Renal CrônicaResumo
Objetivo: Avaliar o impacto da infecção crônica do vírus da hepatite C (HCV) na evolução do transplante (Tx) renal, estudando-se as complicações e a sobrevida do paciente e do enxerto. Métodos: Estudo retrospectivo observacional analisando 40 pacientes HCV positivos e 40 pacientes HCV negativos transplantados no mesmo período. Resultado: O tempo médio de transplante foi de 12,3 ± 4,5 anos em pacientes com infecção por HCV e de 12,5 ± 2,9 anos em pacientes sem infecção por HCV (p=0,49). Não houve diferença estatística significativa com relação à idade e sexo de receptores, idade e tipo de doadores. A função renal atual dos pacientes HCV positivos foi de 47,3 ± 24,9 ml/min e nos HCV negativos, 54,9 ± 27,2 ml/min (p= 0,48). A sobrevida do enxerto e dos pacientes foi semelhante em ambos os grupos. A principal causa de óbito nos dois grupos foi infecção bacteriana (10% nos pacientes HCV positivos e 12,5% nos HCV negativos; p= 0,26). As principais complicações observadas nos dois grupos: rejeição aguda, infecção bacteriana e incidência de diabetes mellitus foi semelhante. Alterações nas enzimas hepáticas e cirrose ocorreram apenas em três pacientes com infecção por HCV. Conclusão: A infecção por vírus C não teve impacto na sobrevida do enxerto e dos pacientes, bem como em suas complicações.