Perfil Epidemiológico e Complicações de Pacientes em Fila de Espera para Transplante de Fígado
Palavras-chave:
Transplante de fígado, Perfil de saúde, Equipe de Assistência ao Paciente, Enfermagem Perioperatória;, Doença Hepática Terminal, HepatopatiasResumo
Objetivo: Identificar o perfil epidemiológico de candidatos ao transplante de fígado e as complicações que ocorreram até o sexto mês do ingresso em lista de espera. Método: Estudo descritivo-exploratório, conduzido em programa de transplante de fígado, localizado em cidade do interior do estado de São Paulo. Os candidatos com idade ≥ 18 anos, de ambos os sexos, que ingressaram na lista de esperaentre 1o de janeiro de 2018 até 28 de fevereiro de 2019 compuseram a amostra do estudo, totalizando 51 pacientes. A análise dos dados foi por meio de estatística descritiva. Resultados: A média de idade dos participantes foi 52,7 anos, sendo a maioria do sexo masculino (60,8%), com ensino fundamental incompleto (58,8%). A hipertensão arterial foi a comorbidade mais frequente (51,4%). A maioria dosparticipantes era do tipo sanguíneo O (58,8%). A média do Índice de Massa Corporal foi 28,8 Kg/m2 (sobrepeso). A cirrose alcoólica foi a indicação para o transplante de frequência maior (31,4%). As médias do escore MELD no ingresso em lista de espera e seis meses após foram 17,9 pontos. A classe B do escore Child-Pugh foi a que obteve maior frequência tanto no ingresso do paciente quanto noprimeiro retorno. A ascite foi a complicação mais frequente (56,9%), seguida da hipertensão portal (52,9%) e encefalopatia hepática (33,3%). Ao final do estudo, 29 pacientes permaneceram em lista de espera (56,9%), dez pacientes foram transplantados (19,6%) e 12 evoluíram para óbito (23,5%). Conclusão: Quanto ao perfil epidemiológico, os resultados do estudo demostraram consonância comoutras pesquisas, ou seja, participantes com predomínio do sexo biológico masculino, faixa etária mais frequente de 50 a 59 anos e nível de escolaridade baixo. Com relação às complicações identificadas, a ascite foi a mais frequente e, entre os participantes que não permaneceram em lista de espera, o número de óbitos foi maior que o de transplante realizado, evidências divergentes de outros estudos.
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Copyright (c) 2023 Lara Ribeiro Siqueira, Laura Ribeiro Siqueira, Karina Dal Sasso Mendes, Cristina Maria Galvão
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