SOBREVIDA, MELD-SÓDIO E SÓDIO SÉRICO PÓS-TRANSPLANTE HEPÁTICO

Autores

  • Carolina Oliveira de Paulo Pontifícia Universidade Católica do Paraná - Curitiba/PR - Brasil.
  • Luize Kremer Gamba Pontifícia Universidade Católica do Paraná - Curitiba/PR - Brasil.
  • Alice Ferreira da Silva Hospital Angelina Caron - Campina Grande do Sul/PR - Brasil.
  • Carla Martinez Menini-Stalhschmidt Hospital Angelina Caron - Campina Grande do Sul/PR - Brasil.
  • João Eduardo Leal Nicoluzzi Hospital Angelina Caron - Campina Grande do Sul/PR - Brasil.
  • Matheus Takahashi Garcia Hospital Angelina Caron - Campina Grande do Sul/PR - Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.53855/bjt.v22i3.48

Palavras-chave:

Transplante de Fígado, Hiponatremia, Sobrevida, Mortalidade, Prognóstico

Resumo

Introdução: O Brasil é o maior sistema público de transplantes do mundo. Recentemente, o escore MELD-S médio foi incorporado no Brasil como modelo de preditor de gravidade de doença hepática. Em estudos internacionais, foi observado que o sódio sérico abaixo dos valores normais está associado à perda do enxerto; no entanto, sua relação com fatores prognósticos na sobrevida pós-operatória ainda   incerta. Objetivos: Contribuir com a implementação de estratégias de rastreio de fatores prognósticos no pós-transplante hepático. Métodos: Estudo longitudinal retrospectivo, incluindo pacientes que realizaram transplante hepático no Hospital Angelina Caron, entre as datas de 01/01/2016 e 31/12/17 e que realizaram acompanhamento médico durante um ano após a data do transplante. Foram analisadas diferentes variáveis para estimar a taxa de sobrevida e fatores prognósticos pós-transplante. Resultados: Amostra final de 148 pacientes, dos quais n=105 pertenciam ao sexo masculino, com média de idade de 52 anos +11,7, e n=139 autodeclararam-se de cor branca. Encontraram-se n=50 indivíduos com cirrose alcoólica e n=32 com hepatite viral. O tempo na lista de espera para o transplante hepático foi de 68 dias+113. A pontuação média do MELD foi de 20,7+5,56 e MELD-Na de 13,8+5,31. Encontrados valores MELD-Na <15 (n=105), MELD-Na >15 (n=43). A taxa de sobrevida geral pós-seis meses foi de 68,9%, de 61,4%, em 12 meses, e de 56,7%, em 24 meses. Hiponatremia pré-operatória (<135 mEq/L) presente em 33 pacientes, dos quais n=14 vieram a óbito seis meses pós-transplante, n=4, em 12 meses, e n=1, em 24 meses. Hiponatremia e óbito obtiveram p<0,05. MELD-Na >15 (n=43), dos quais, 17 vieram a óbito seis meses pós-transplante, três, em 12 meses e um, em 24 meses. Avaliando o escore MELD, n=89 foram preditores significativos de óbito (p<0,05), ajustando-o para o escore MELD-Na, n=43 foram preditores significativos de óbito (p<0,05). Conclusão: A vigilância da hiponatremia pré-operatória e o uso do MELD-Na para definição da prioridade na lista de espera do procedimento devem ser fortemente incentivados como forma de redução da taxa de mortalidade pós-transplante hepático.

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Publicado

2019-06-01

Como Citar

Paulo, C. O. de, Gamba, L. K., Silva, A. F. da, Menini-Stalhschmidt, C. M., Nicoluzzi, J. E. L., & Garcia, M. T. (2019). SOBREVIDA, MELD-SÓDIO E SÓDIO SÉRICO PÓS-TRANSPLANTE HEPÁTICO. Brazilian Journal of Transplantation, 22(3), 6–12. https://doi.org/10.53855/bjt.v22i3.48

Edição

Seção

Artigo Original