Percepção do Estudante da Faculdade de Medicina sobre Doação e Transplante de Órgãos e Tecidos
Palavras-chave:
Conhecimento, Alunos, Enxerto de Órgãos, Obtenção de Tecidos e Órgãos, Educação MédicaResumo
Objetivo: Avaliar a percepção dos estudantes de medicina acerca da doação e do transplante de órgãos e tecidos. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, com análise quantitativa, que avaliou discentes do 1o ao 12o semestre da Faculdade de Medicina da Bahia da Universidade Federal da Bahia(FMB/UFBA), agrupados por ano de graduação (1o ao 6o ano), através de um questionário. Os dados foram analisados estatisticamente, considerando- se valores significantes de p ≤ 0,05. Resultados: Dos 393 participantes, 207 (52,7%) eram do sexo feminino, 250 (63,3%) tinham entre 21 e 25 anos, 144 (36,6%) não possuíam religião e 80 (20,3%) estavam inseridos no internato. De todos os entrevistados, 159 (40,5%) autoavaliaram seu conhecimento como regular e 153 (38,8%) como ruim e péssimo. Sobre a exposição ao assunto, 222 (56,6%) nunca tinham assistido aula e, entre aqueles que assistiram, 187 (60,1%) avaliaram as informações como insuficientes. Um total de 324 alunos (82,4%) teriam a intenção de ser um doador post-mortem e 42 (61,6%) aceitariam participar de um transplante intervivo, embora 245 (62,3%) afirmaram não conhecer os riscos. Entre os discentes, 327 (83,2%) dizem conhecer o conceito de morte encefálica, 119 (30,3%) os termos legais da doação e 105 (26,7%) as medidas de manutenção do doador. Porém 72 (18,3%) disseram ter um bom conhecimento sobre como diagnosticar a morte encefálica. Um total de 275 (70%) acertou o que é necessário para se declarar um doador. Houve 359 respostas que excluiriam alcoólatras, tabagistas e usuários de drogas ilícitas da lista de transplante e 363 (92,7%) consideram que a gravidade do problema é o critério mais adequado paraprioridade na lista de espera. Conclusão: Os estudantes percebem seu nível de conhecimento como insatisfatório e a compreensão sobre questões específicas ainda é baixa. Não foi observada uma influência significativa dos aspectos sociodemográficos em relação ao desejo de ser um doador.
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Copyright (c) 2022 Catharine Conceição Martinez Garcia, Cassio Augusto Estrela Morbeck, Cláudia Bacelar Batista
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