PERSPECTIVA DA HIPERTENSÃO INTRA-ABDOMINAL E DA SÍNDROME COMPARTIMENTAL ABDOMINAL NO TRANSPLANTE DE FÍGADO: REVISÃO SISTEMATIZADA
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v23i4.38Palavras-chave:
Transplante de Fígado, Hipertensão Intra-abdominal, Síndrome do Compartimento AbdominalResumo
Introdução: No pós-operatório do transplante de fígado pode haver aumento do volume contido no abdômen, reposição maciça de volume, acúmulo de sangue no espaço intraperitoneal e distensão gastrointestinal; essas condições são pertinentes para o desenvolvimento da Hipertensão Intra-Abdominal (HIA) e da Síndrome Compartimental Abdominal (SCA). As evidências acerca desse tema estão em desenvolvimento. O objetivo deste estudo foi fornecer uma visão integrativa da literatura sobre as perspectivas da HIA e SCA no transplante de fígado. Métodos: Foi realizada uma busca sistematizada na MEDLINE (via PubMed), Scielo, LILACS (via BVS) e Cochrane, em 24 de julho de 2019. Os trabalhos foram selecionados conforme critérios de inclusão e exclusão propostos para o objetivo desta revisão e foram divididos em cinco categorias: prevalência, fatores de risco, monitoramento, complicações e manejo. Discussão: A HIA e a SCA são complicações frequentes que podem determinar aumento da morbimortalidade no pós-transplante hepático. Há diversos fatores de risco inerentes ao procedimento para o desenvolvimento dessas condições, devendo, portanto, ser ativamente monitoradas através da PIA medida pelo cateter vesical. A HIA é fator independente para insuficiência renal aguda e pode provocar prejuízo à perfusão hepática. Conclusão: Medidas para o controle e prevenção da HIA e da SCA devem ser tomadas no pós-operatório imediato, incluindo métodos clínicos e cirúrgicos. A manutenção do abdome aberto e a laparotomia descompressiva destacam-se nesse cenário.