VARIAÇÃO DO ÍNDICE DE RISCO DE DOADOR FALECIDO EM TRANSPLANTE DE FÍGADO ENTRE OPO OFERTANTES
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v23i4.35Palavras-chave:
Transplante de Fígado, Indicador de Risco, Doadores de ÓrgãosResumo
Introdução: Disparidades geográficas, quantidade e qualidade dos órgãos podem resultar em diferentes padrões de aceite de fígados entre equipes transplantadoras. Objetivo: Determinar o padrão de qualidade do órgão no transplante hepático cadavérico, de acordo com a região da oferta e o status clínico do receptor. Métodos: Utilizamos a variação do índice de risco do doador (DRI), por OPO ofertante no estado do Paraná (Curitiba, Maringá, Londrina e Cascavel) e da OPO Nacional. A amostra incluiu todos os adultos submetidos a transplante hepático de doador falecido entre novembro de 2015 e fevereiro de 2019 (n=135), em um único centro. Resultados: O DRI médio dos pacientes foi de 1,37 (intervalo interquartil [IIQ] 1,09-1,59). O DRI médio por OPO ofertante variou de 1,26 a 1,76 (p<0,05). O DRI médio (1,76) dos órgãos ofertados pela OPO Nacional excedeu o IIQ do DRI das demais OPO. Não houve diferença na idade (média 50,4+11,54) e SOFA (média 9,78+2,14). Tempo de isquemia fria da OPO nacional (496+74,58 min) foi significativamente maior, porém não excedeu 75% das demais OPO. Receptores de órgãos ofertados pela OPO Nacional possuíam MELD significativamente mais baixos (18+4,78). Foi observada correlação linear positiva entre o MELD do receptor e DRI, sem atingir significância estatística. Conclusões: O DRI médio e sua amplitude interquartil dos órgãos aceitos para transplante em nosso serviço é semelhante aos dos órgãos transplantados nos EUA, Europa e Brasil. Pacientes com MELD significativamente mais baixos receberam órgãos com maior DRI.