HIPERTENSÃO APÓS TRANSPLANTE RENAL PEDIÁTRICO

Autores

  • Clotilde Druck Garcia Serviço de Nefrologia Pediátrica do Hospital da Criança Santo Antônio, Porto Alegre/RS – Brasil.
  • Viviane de Barros Bittencourt Serviço de Nefrologia Pediátrica do Hospital da Criança Santo Antônio, Porto Alegre/RS – Brasil.
  • Jerônimo Sperb Antonello Serviço de Nefrologia Pediátrica do Hospital da Criança Santo Antônio, Porto Alegre/RS – Brasil.
  • Filipe Dari Krüger Acadêmico de medicina da Universidade Federal de Ciências Saúde de Porto Alegre , Porto Alegre/RS – Brasil.
  • Magali Santos Lumertz Acadêmico de medicina da Universidade Federal de Ciências Saúde de Porto Alegre , Porto Alegre/RS – Brasil.
  • Vanessa Koltermann Acadêmico de medicina da Universidade Federal de Ciências Saúde de Porto Alegre , Porto Alegre/RS – Brasil.
  • Eduardo Pflug Comparsi Acadêmico de medicina da Universidade Federal de Ciências Saúde de Porto Alegre , Porto Alegre/RS – Brasil.
  • Airton Stein Departamento de Medicina Preventiva da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre , Porto Alegre/RS – Brasil.
  • Valter Duro Garcia Serviço de Transplante Renal, Complexo Hospitalar Santa Casa, Porto Alegre , Porto Alegre/RS – Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.53855/bjt.v10i3.339

Palavras-chave:

Transplante Renal, Hipertensão, Pediatria, Imunossupressores, Corticosteróides

Resumo

Objetivo: Verificar a prevalência de hipertensão arterial sistêmica (HAS) na população pediátrica pós-transplante renal, transplantada no serviço de transplante renal do Complexo Hospitalar Santa Casa, caracterizando o grupo examinado e avaliando fatores de risco. Métodos: Os dados foram analisados em coorte retrospectiva a qual selecionou pacientes que receberam transplante renal antes dos 18 anos que realizavam acompanhamento em Ambulatório de Transplante Renal Pediátrico. Para a análise estatística, utilizou-se o coeficiente de correlação de Pearson com correção de continuidade sempre que se desejou medir o grau de correlação entre a HAS e outra variável de escala métrica. HAS foi definida com PA acima do percentil 95. Resultados: Foram analisados os dados de 150 pacientes transplantados com idade inferior a 18 anos no período de julho de 1991 a setembro de 2005. Destes, 58% eram do sexo masculino e 89,3% brancos. A média de idade no transplante foi de 10,4 anos, e idade média atual de 15,5 anos. O tempo médio de acompanhamento foi de 57,9 meses. A prevalência de uso de corticóide foi de 86%. Em relação ao esquema imunossupressor, 68,2% utilizavam tacrolimo, 27,7%, ciclosporina e 4%, sirolimo. A prevalência de hipertensão foi de 57,3% nos pacientes examinados, não havendo diferença entre gênero, raça, tipo de doador (vivo ou falecido), função do enxerto ou tempo de transplante. No grupo que usava tacrolimo, a prevalência de HAS foi de 52,5% e no que usava ciclosporina foi de 63,4%, diferença não significativa (p = 0,1). A prevalência de hipertensão entre pacientes em uso de corticosteróide foi 62,8% contra 23,8% entre os que não utilizavam (p = 0,002). Conclusão: A ocorrência de HAS pós-transplante renal é comum. O uso de corticóide é fator de risco. Não foi identificado outro fator de risco para desenvolvimento de hipertensão.

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Publicado

2007-06-01

Como Citar

Garcia, C. D., Bittencourt, V. de B., Antonello, J. S., Krüger, F. D., Lumertz, M. S., Koltermann, V., Comparsi, E. P., Stein, A., & Garcia, V. D. (2007). HIPERTENSÃO APÓS TRANSPLANTE RENAL PEDIÁTRICO. Brazilian Journal of Transplantation, 10(3), 762–766. https://doi.org/10.53855/bjt.v10i3.339

Edição

Seção

Artigo Original