FALHAS OBSERVADAS NO ATENDIMENTO DE DOADORES NÃO EFETIVOS E NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS APONTADAS POR SEUS FAMILIARES: POR QUE ELES NÃO DOARAM?

Autores

  • Simey de Lima Lopes Rodrigues Universidade Estadual de Campinas - Hospital das Clínicas - Organização de Procura de Órgãos - Campinas/SP - Brasil.
  • Ilka de Fatima Santana Ferreira Boin Universidade Estadual de Campinas - Faculdade de Ciências Médicas - Departamento de Cirurgia - Campinas/SP - Brasil.
  • Helder Jose Lessa Zambelli Universidade Estadual de Campinas - Hospital das Clínicas - Organização de Procura de Órgãos - Campinas/SP - Brasil.
  • Luiz Antônio da Costa Sardinha Universidade Estadual de Campinas - Hospital das Clínicas - Organização de Procura de Órgãos - Campinas/SP - Brasil.
  • Marli Elisa Nascimento Fernandes Universidade Estadual de Campinas - Hospital de Clínicas - Serviço Social  - Campinas/SP - Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.53855/bjt.v23i3.32

Palavras-chave:

Morte Cerebral, Transplantes, Recusa de Participação, Obtenção de Tecidos e Órgãos, Acolhimento, Humanização da Assistência

Resumo

Objetivo: Constatar a percepção das famílias não doadoras quanto ao atendimento recebido durante a hospitalização de seu ente querido, o doador não efetivo, bem como conhecer as necessidades dos cuidados requisitados por familiares que vivenciaram esse processo. Método: Estudo exploratório de abordagem qualitativa, tendo sido entrevistados mediante sorteio dez familiares que recusaram a doação de órgãos e tecidos no ano de 2015. Através de entrevistas semiestruturadas, foram coletados dados sociodemográficos dos familiares e relativos à experiência familiar do internamento de seus entes queridos. O material do discurso foi transcrito e submetido à análise de conteúdo temático. Resultados: Foram encontradas as categorias: insatisfação familiar com os serviços prestados nas unidades de emergência, percepção da necessidade de apoio psicológico e social manifestado pela família não doadora, necessidade de humanizar o processo de doação e sugestões apontadas pelos familiares para melhorar o processo de doação. Conclusões: Os participantes apontaram falhas no atendimento do potencial doador desde o primeiro atendimento prestado nas unidades de emergência, relacionadas à competência técnica e humanística; observou-se maior necessidade em humanizar as relações entre os profissionais de saúde e os familiares nos ambientes de cuidados intensivos, que mantiveram limitação para horário e número de visitas e no esclarecimento de informações aos familiares; constatou-se adoecimento dessas famílias e ausência de suporte socioemocional após vivenciarem esse processo. Ademais, acreditamos que práticas de atenção à saúde poderão ser discutidas, para ampliar a consciência social sobre essa temática e garantir cuidado a essas famílias, podendo contribuir para melhora dos índices de doação no Brasil.

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Publicado

2020-06-01

Como Citar

Rodrigues, S. de L. L., Boin, I. de F. S. F. ., Zambelli, H. J. L., Sardinha, L. A. da C., & Fernandes, M. E. N. (2020). FALHAS OBSERVADAS NO ATENDIMENTO DE DOADORES NÃO EFETIVOS E NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS APONTADAS POR SEUS FAMILIARES: POR QUE ELES NÃO DOARAM?. Brazilian Journal of Transplantation, 23(3), 13–20. https://doi.org/10.53855/bjt.v23i3.32

Edição

Seção

Artigo Original