TERAPIA DE RESGATE COM RITUXIMAB NA RECIDIVA DA GLOMERULOESCLEROSE SEGMENTAR E FOCAL (GESF) PÓS-TRANSPLANTE: RELATO DE CASO
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v13i4.248Palavras-chave:
Glomerulosclerose Segmentar e Focal, Recidiva, Tratamento, Plasmaferese, Transplante de RimResumo
Após um primeiro transplante renal, 20% a 40% das Glomerulonefrites esclerosantes segmentar e focal (GESF) recidivam, frequentemente levando à perda do enxerto. Esses dados podem aumentar em mais de 80% em casos de pacientes recebendo um segundo transplante após a recidiva inicial. Apesar de geralmente ineficaz, a plasmaferese é ainda considerada como a primeira opção terapêutica para casos de recidiva de GESF pós-transplante. Recentemente, o anticorpo monoclonal anti-CD20 Rituximab (RTX) tem surgido como alternativa terapêutica para esses casos. Relatamos o caso de um paciente do sexo masculino de 34 anos de idade portador de insuficiência renal crônica secundária a glomerulonefrite não biopsiada, tendo sido submetido a transplante renal de doador falecido. Cerca de 40 dias após o transplante, o paciente apresentou síndrome nefrótica, que foi diagnosticada como GESF. O paciente foi submetido a cinco sessões de plasmaferese sem resposta. Posteriormente, foi tratado com duas doses endovenosas de RTX 375mg/m2, com sete dias de intervalo entre as doses, e uma terceira dose 60 dias após a segunda dose. Essa estratégia permitiu obter remissão completa e sustentada da síndrome nefrótica e excelente função renal, que se mantém até o momento, um ano após o tratamento.