AVALIAÇÃO DA CONDIÇÃO DE SAÚDE BUCAL DE PACIENTES EM PROGRAMA DE TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS SÓLIDOS
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v13i4.243Palavras-chave:
Transplante de Fígado, Transplante de Rim, Transplante de Coração, Infecção, Saúde Bucal, Prevenção & ControleResumo
Pacientes portadores de doenças crônicas em programa de transplante de órgãos sólidos apresentam condições sistêmicas que comprometem seu sistema imune, o que os predispõe a risco potencial de infecções, que devem ser prevenidas para o momento pós-transplante, principalmente diante do uso de imunossupressores. Os focos infecciosos em cavidade oral após o transplante são uma preocupação com essa condição e merecem atenção especial. Objetivo: Avaliar dados referentes à condição da saúde bucal de pacientes em programa de transplante de órgãos sólidos, buscando evidenciar a importância da assistência odontológica prévia. Métodos: Este estudo teve caráter quantitativo, descritivo, exploratório e retrospectivo, onde foram analisados 225 prontuários de pacientes em programa de transplante de fígado, rim e coração, os dados referentes à condição bucal e os possíveis riscos infecciosos (cáries, doença periodontal e lesões infecciosas de mucosas) obtidos nos relatórios de avaliação odontológica. Foram aplicados métodos estatísticos para análise de relevância através do teste de qui-quadrado e teste exato de Fisher com significância (p<0,05). Resultados: Foi registrada a presença de alterações bucais sinalizadoras de focos de infecção em (134/166) 80,72% pacientes em programa de transplante hepático, (35/43) 81,39% em programa de transplante renal e (13/16) 81,25% de transplante cardíaco. Conclusão: Os dados obtidos permitiram concluir que nos pacientes em programa de transplantes de órgãos, a incidência de focos infecciosos bucais é significativa e sugerem que a adequação bucal prévia aos transplantes é relevante diante da condição de imunossupressão a que aqueles pacientes são submetidos.