ADOLESCÊNCIA, TRANSPLANTE HEPÁTICO E ADESÃO À MEDICAÇÃO

Autores

  • Beatriz Elizabeth Bagatin Veleda Bermudez Saúde da Criança e do Adolescente, Hospital de Clínicas, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR – Brasil.
  • Maria de Fátima Joaquim Minetto Departamento de Educação, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR– Brasil.
  • Mônica Beatriz Parolin Programa de Transplante Hepático, Hospital de Clínicas, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR– Brasil.
  • Júlio Cezar Uilli Coelho Departamento de Cirurgia do Aparelho Digestivo e Transplante Hepático, Hospital de Clínicas, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR– Brasil.
  • Mariane Bagatin Bermudez Acadêmica de Medicina da Universidade da Região de Joinville, Joinville, SC– Brasil.
  • Adriane Celli Disciplina de Gastro e Hepatopediatria, Departamento de Pediatria, Hospital de Clínicas, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR– Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.53855/bjt.v14i4.215

Palavras-chave:

Adolescência, Transplante de Fígado, Adesão à Medicação, Adaptação Psicológica, Relações Familiares, Rejeição ao enxerto

Resumo

As transformações biopsicossociais da adolescência colocam os adolescentes transplantados de fígado em maior risco de não aderência ao tratamento e piora da evolução, quando comparados a outros grupos etários. Objetivo: Verificar a influência de fatores psicológicos do paciente e sua família na aderência ao imunossupressor após o transplante hepático. Métodos: Sete instrumentos psicológicos foram aplicados a 30 pacientes transplantados hepáticos adolescentes e adultos jovens (12 a 30 anos): escala de autoestima, escala de resiliência, escala de qualidade da interação familiar, escala de satisfação com a vida, escala de orientação de vida, escala de autoeficácia percebida, escala de exigência e responsividade e escala de qualidade de interação familiar. Resultados: Na avaliação por regressão logística multivariada, as variáveis orientação de vida e resiliência foram as principais características que interferiram na rejeição clínica (p = 0,03). As variáveis do pai que atuam na boa aderência (p = 0,03) foram: comunicação negativa, responsividade, clima conjugal positivo, punição física e comunicação positiva, enquanto que envolvimento, sentimento dos filhos e comunicação positiva aumentaram a rejeição clínica (p<0,01). Para a mãe, responsividade, comunicação positiva e punição física tended to adhesion (p=0,06), enquanto que a punição física e a comunicação negativa aumentaram a possibilidade de rejeição clínica (p = 0,02). Conclusões: O perfil psicológico do paciente e da família interfere na adesão ao tratamento imunossupressor e na rejeição pós-transplante hepático e poderia ser utilizado para triagem de pacientes com risco de má aderência ao tratamento imunossupressor e consequente rejeição ao enxerto.

 

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Publicado

2011-09-01

Como Citar

Bermudez, B. E. B. V., Minetto, M. de F. J., Parolin, M. B., Coelho, J. C. U., Bermudez, M. B., & Celli, A. (2011). ADOLESCÊNCIA, TRANSPLANTE HEPÁTICO E ADESÃO À MEDICAÇÃO. Brazilian Journal of Transplantation, 14(4), 1603–1609. https://doi.org/10.53855/bjt.v14i4.215

Edição

Seção

Artigo Original