IMUNOSSUPRESSÃO COM TALIDOMIDA, CICLOSPORINA E DICLOFENACO NA SOBREVIDA DE ALOENXERTOS CUTÂNEOS
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v14i3.209Palavras-chave:
Talidomida, Ciclosporina, Diclofenaco, Enxerto de pele, Sobrevida, Transplante HomólogoResumo
Objetivo: Verificar se a talidomida é capaz de evitar a rejeição de aloenxertos de pele em coelhos, como droga isolada ou melhorar a eficácia de doses subterapêuticas de ciclosporina, comparando seu efeito ao de doses terapêuticas da ciclosporina e também ao papel anti-inflamatório do diclofenaco de sódio. Método: Foram estudados 42 coelhos, distribuídos nos seguintes grupos (n=6): Grupo 1 – controle com autoenxerto; Grupo 2 – controle com aloenxerto; Grupo 3 – aloenxerto sob efeito de talidomida (100 mg/kg/dia); Grupo 4 – aloenxerto sob efeito de diclofenaco de sódio (2 mg/kg/dia); Grupo 5 – aloenxerto sob efeito de ciclosporina (10 mg/kg/dia); Grupo 6 – aloenxerto sob efeito de ciclosporina (5 mg/kg/dia); Grupo 7 – aloenxerto sob efeito de ciclosporina (5 mg/kg/dia) associada a talidomida (100 mg/kg/dia). Foram retirados enxertos circulares de pele total do dorso de uma das orelhas do animal. Os medicamentos foram administrados através de cateter orogástrico a partir do dia anterior ao transplante. Os enxertos foram trocados entre coelhos de raças diferentes. Resultados: A ciclosporina a 10 mg/kg/dia prolongou a sobrevida dos enxertos de pele, sendo seu efeito comparável ao obtido com ciclosporina em dose subterapêutica (5 mg/kg/dia) associada à talidomida a 100 mg/kg/dia. A talidomida isoladamente, mesmo em concentração de 100 mg/kg/dia e diclofenaco tiveram efeito mínimo na sobrevida média dos aloenxertos cutâneos. Conclusão: A talidomida pode ser uma droga útil para ser associada a baixas doses de ciclosporina no tratamento de aloenxertos cutâneos.