ADESÃO AO TRATAMENTO IMUNOSSUPRESSOR EM PACIENTES TRANSPLANTADOS RENAIS: REVISÃO DE LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v15i3.185Palavras-chave:
Adesão ao Medicamento, Imunosupressores, Transplante RenalResumo
Introdução: Pacientes transplantados renais necessitam do uso de imunossupressores para bloquear a resposta imunológica e prevenir a rejeição. A adesão ao tratamento imunossupressor é essencial para a sobrevida do enxerto. O aumento da incidência de rejeição e consequente perda do enxerto são fortemente associados a não adesão. Objetivo: Revisar a literatura existente a respeito da não adesão ao tratamento imunossupressor em pacientes transplantados renais. Métodos: Foi realizado um levantamento literário do período de janeiro de 2002 a outubro de 2012 nas plataformas de dados PubMed, Scielo e Lilacs. Resultados: Não há consenso quanto à nomenclatura e definição da não adesão. A prevalência varia conforme o estudo (1,6 a 50%). São utilizados diferentes métodos para mensurar a não adesão. Múltiplos fatores interferem na ocorrência da não adesão e, como consequência desta, há maior incidência de desfechos clínicos e econômicos negativos. As intervenções envolvem abordagens multidimensionais e a inclusão do farmacêutico clínico na equipe multidisciplinar de transplante mostra-se favorável. Conclusões: É necessária a padronização da nomenclatura e da definição da não adesão. Deve ser determinada qual combinação de métodos de mensuração é mais precisa. A avaliação dos fatores preditores para a não adesão deve conter uma amostra que represente todos os tipos de pacientes, e deve permitir o delineamento de perfis de risco. A eficácia das intervenções deve ser testada através de estudos randomizados; já a avaliação da não adesão, dos fatores de risco e dos desfechos necessita ser realizada em estudos longitudinais e prospectivos.