EXPECTATIVA DA RECIDIVA DO ÁLCOOL EM PACIENTES PORTADORES DE CIRROSE HEPÁTICA
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v15i3.182Palavras-chave:
Alcoolismo, Recorrência, Transplante de FígadoResumo
As equipes de cirurgia de transplante hepático têm certo pessimismo em relação ao procedimento de transplante em cirróticos alcoólicos, pois temem a recidiva do consumo de álcool após a cirurgia. Objetivo: verificar qual a probabilidade de recidiva alcoólica em doentes alcoolistas hepatopatas que estão em avaliação para serem inseridos em um programa de transplante hepático. Método: Para que fosse verificada a probabilidade de recidiva de álcool, foi aplicado em 47 pacientes candidatos a transplante de fígado da Unidade de Transplante Hepático do Hospital das Clínicas da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas o Inventário de Expectativa e Crença Pessoais Acerca do Álcool (IECPA). Somaram-se os escores dos itens individuais de cada página, calculando-se os subtotais, que somados, resultaram no escore total. Dentro da população geral, o ponto de corte é de 122, ou seja, os sujeitos que apresentarem escore total de 122 ou mais têm probabilidade de ser ou vir a ser dependentes do álcool. Resultado: A idade média dos pacientes avaliados foi de 47,97 ± 7,65 anos. O tempo de abstinência teve uma média de 21,07 meses. Em relação à pontuação do teste aplicado, observou-se que 25,53% obtiveram escores maiores que 136, com o tempo de abstinência maior que um ano e 38,29% obtiveram pontuação maior que 136, porém esses com tempo de abstinência menor que um ano, o que mostra que esses últimos têm probabilidade maior de voltar a beber em comparação com o grupo anterior, e 36,18% mostraram-se sem probabilidade de voltar a ingerir bebida alcoólica. Conclusão: Segundo o teste padronizado, 63,82% dos pacientes estudados apresentaram probabilidade de voltar a ingerir bebida alcoólica em maior ou menor intensidade.