POLICITEMIA PÓS-TRANSPLANTE: INCIDÊNCIA, FATORES DE RISCO E PROGNÓSTICO

Autores

  • André Luis Bastos Sousa Universidade Estadual de Campinas – faculdade de Ciências Médicas - Programa de Transplante Renal - Disciplina de Nefrologia – Campinas/SP – Brasil.
  • Marcos Vinícius de Sousa Universidade Estadual de Campinas – faculdade de Ciências Médicas - Programa de Transplante Renal - Disciplina de Nefrologia – Campinas/SP – Brasil.
  • Leonardo Figueiredo Camargo Universidade Estadual de Campinas – faculdade de Ciências Médicas - Programa de Transplante Renal - Disciplina de Nefrologia – Campinas/SP – Brasil.
  • Gabriel Giollo Rivelli Universidade Estadual de Campinas – faculdade de Ciências Médicas - Programa de Transplante Renal - Disciplina de Nefrologia – Campinas/SP – Brasil.
  • Marilda Mazzali Universidade Estadual de Campinas – faculdade de Ciências Médicas - Programa de Transplante Renal - Disciplina de Nefrologia – Campinas/SP – Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.53855/bjt.v17i3.147

Palavras-chave:

Transplante, Resultado de Tratamento, Policitemia

Resumo

Introdução: Avaliar a incidência de policitemia (PTxP) em transplantados renais no primeiro ano pós-transplante. Identificar fatores de risco e implicações prognósticas. Métodos: Estudo retrospectivo, observacional. Critérios de inclusão: receptores de transplante renal entre janeiro e dezembro de 2010 com idade >18 anos, acompanhamento pós tx > seis meses. Exclusão: DPOC, tabagismo ativo e eritrocitose secundária. Para análise, os pacientes foram divididos em dois grupos: PTxP: Hb ≥ 18g/L ou htc ≥ 51% (homens) ou Hb ≥ 17g/L ou Htc ≥ 50% (mulheres). PTxP grave foi definida como hb > 18,5g/L ou htc >55% e/ou necessidade de sangria terapêutica. Grupo controle (CTL): Hb < 18g/L ou htc < 51% (homens) e hb<17g/L ou ht < 50% (mulheres). Parâmetros avaliados: dados demográficos, eventos tromboembólicos, hemoglobina, hematócrito e creatinina sérica, terapêutica e evolução. Resultados: 122 pacientes, idade 47 + 12 anos, maioria homens (63,1%) e receptores de rim de doador falecido (95%) preencheram os critérios de inclusão. Desses, 17 (14%) preencheram os critérios para PTxP (Hb 17,3+0,6 g/L; Htc 53,4+1,9%), diagnosticada 9+5 meses pós-transplante. Seis pacientes classificados como PTxP grave não apresentaram fenômeno tromboembólico grave e/ou necessidade de flebotomia. Cerca de 62% dos pacientes apresentavam creatinina < 1,6g/L após seis meses de acompanhamento. O tratamento foi realizado com iECA e/ou aminofilina em 12/17 pacientes, com resposta completa em oito casos. Dos cinco pacientes não tratados, quatro evoluíram com remissão espontânea completa. Os grupos PTxP e CTL eram comparáveis em parâmetros demográficos, pressão arterial, função renal, diabetes ou tabagismo pré-transplante e/ou terapia imunossupressora. O grupo PTxP evoluiu com recuperação mais rápida dos parâmetros hematimótricos que o CTL. Não houve diferença significativa entre grupos para os desfechos de perda de enxerto e morte em três anos, mas houve tendência à perda de enxerto mais precoce no grupo CTL. Conclusão: A incidência de policitemia foi de 14%, menor do que a reportada em nossa série histórica, de 33%. Níveis de hemoglobina próximos ao normal no 1o mês pós-transplante foram marcadores precoces de PTxP.

 

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Publicado

2014-06-01

Como Citar

Sousa, A. L. B., Sousa, M. V. de ., Camargo, L. F., Rivelli, G. G., & Mazzali, M. (2014). POLICITEMIA PÓS-TRANSPLANTE: INCIDÊNCIA, FATORES DE RISCO E PROGNÓSTICO. Brazilian Journal of Transplantation, 17(3), 251–255. https://doi.org/10.53855/bjt.v17i3.147

Edição

Seção

Artigo Original