ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR PRÉ E PÓS-TRANSPLANTE PELA ESCALA DE FRAMINGHAM

Autores

  • Marcos Vinicius de Sousa Universidade Estadual de Campinas – Faculdade de Ciências Médicas - Programa de Transplante Renal - Laboratório de Investigação em Transplante – Campinas/SP – Brasil.
  • Nayara Tenório Universidade Estadual de Campinas – Faculdade de Ciências Médicas - Programa de Transplante Renal - Laboratório de Investigação em Transplante – Campinas/SP – Brasil.
  • Carla Feitosa do Valle Universidade Estadual de Campinas – Faculdade de Ciências Médicas - Programa de Transplante Renal - Laboratório de Investigação em Transplante – Campinas/SP – Brasil.
  • Marilda Mazzali Universidade Estadual de Campinas – Faculdade de Ciências Médicas - Programa de Transplante Renal - Laboratório de Investigação em Transplante – Campinas/SP – Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.53855/bjt.v19i2.106

Palavras-chave:

Doenças Cardiovasculares, Transplante, Medição de Risco

Resumo

Mortalidade cardiovascular é a principal causa de perda de enxerto após o transplante renal. Objetivo: Avaliar o risco de eventos cardiovasculares, utilizando o escore de Framinghan pré e 12 meses pós transplante renal. Métodos: Estudo retrospectivo, avaliando banco de dados de transplantes renais realizados entre janeiro/2010 e janeiro/2012. Critérios de inclusão: idade > 18 anos, rim funcionante ao final de um ano. Exclusão: perda de enxerto ou óbito < 12 meses. Parâmetros demográficos e laboratoriais foram coletados pré e pós 12 meses, e o escore de Framinghan foi calculado nos mesmos pontos. Ecocardiograma pré-transplante também foi avaliado. Resultados: De 230 transplantes renais realizados no período de estudo, 167 preencheram os critérios de inclusão, e 63 foram excluídos por perda de enxerto e/ou óbito do receptor < 12 meses (n=29) ou dados insuficientes para análise. Os pacientes avaliados eram na maioria homens (64,6%), com idade de 47,9+11,1 anos e receptores de rim de doador falecido (97%). Ecocardiograma mostrou fração de ejeção de 67,5 + 6,6%, hipertrofia ventricular esquerda em 98%, porém com calcificação valvar rara (2,5%). O escore de Framinghan foi comparável pré e pós-transplante (16,4+14,9 vs. 18,3+17,2, p=ns), porém com diferença significativa na análise individual dos parâmetros. Os indicadores de risco mais importantes pré-transplante foram pressão arterial, HDL colesterol baixo e tabagismo, enquanto que, ao final de um ano, destacou-se a presença de diabetes, colesterol total elevado e uso de medicação anti-hipertensiva. Conclusão: No período precoce após o transplante, normalização da função renal, recuperação de hematócrito e recuperação nutricional resultam em maior ganho ponderal, porém com piora dos parâmetros metabólicos, principalmente de colesterol total, triglicérides e ácido úrico, o que mantém o risco estimado pelo escore de Framinghan semelhante ao observado pré-transplante.

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Publicado

2016-03-01

Como Citar

Sousa, M. V. de, Tenório, N., Valle, C. F. do, & Mazzali, M. (2016). ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR PRÉ E PÓS-TRANSPLANTE PELA ESCALA DE FRAMINGHAM. Brazilian Journal of Transplantation, 19(2), 13–17. https://doi.org/10.53855/bjt.v19i2.106

Edição

Seção

Artigo Original