IMPACTO DO MODELO ESPANHOL DE GESTÃO NA DOAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E TECIDOS EM SANTA CATARINA NO PERÍODO ENTRE 2002 E 2014

Autores/as

  • João Luiz Peixer Marchi Universidade do Sul de Santa Catarina – Curso de Medicina - Campus Pedra Branca /SC – Brasil.
  • Thiago Mamôru Sakae Universidade do Sul de Santa Catarina – Curso de Medicina - Campus Tubarão/SC – Brasil.
  • Flávio Ricardo Liberali Magajewski Universidade do Sul de Santa Catarina – Curso de Medicina - Campus Tubarão e Pedra Branca/SC – Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.53855/bjt.v20i2.81

Palabras clave:

Doação de Órgãos, Doação de Tecidos, Transplante

Resumen

Desde que Adão cedeu sua costela para Eva até os anos 1960, quando ocorreu a primeira doação renal bem sucedida no Brasil, o transplante de órgãos desenvolveu-se como medida terapêutica e às vezes única para diversas morbidades. Nos anos 80, a Espanha iniciou o que posteriormente seria chamado de Modelo Espanhol de gestão do sistema de transplantes, colocando esse país como referência mundial nessa área. Objetivo: Estudar aspectos da gestão/coordenação do sistema de transplantes de Santa Catarina (CNCDO-SC) e sua correlação com os resultados nas taxas de notificação, doação e captação de órgãos no estado entre 2002-2014. Método: Estudo ecológico que incluiu toda a população de Santa Catarina com registro de morte encefálica na CNCDO-SC ou que tenha sido beneficiária de transplante de órgãos no período estudado, sendo utilizados os prontuários e registros da CNCDOSC e informações obtidas pelo Sistema Nacional de Transplantes. Os indicadores representaram o desempenho do sistema anualmente e foram descritos em taxas médias elaboradas durante o estudo. Foi estabelecida uma divisão entre o período sem efeito da ação considerada (2002-2007) e com o efeito estudado (2008-2014). Resultados: Houve melhora significativa no desempenho associada à  implantação do modelo Espanhol, comprovada pela evolução das taxas de variáveis de gestão que apresentaram forte correlação positiva com as taxas de resultado (notificação, doação e captação de órgãos). Houve ampliação da Taxa de Hospitais Notificantes do período pré e pós-implantação do modelo estudado, com média de 9,44 entre 2002-2007, tendo saltado para 15,25 entre 2008-2014 (p<0,001). O número de horas de capacitação passou de 0,38 horas para 6,08 horas por 1000 trabalhadores da Saúde após a implementação do novo modelo de gestão. Conclusão: A implantação do Modelo Espanhol de Gestão impactou significativamente nos resultados do sistema de transplante de órgãos em SC.

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Publicado

2017-03-01

Cómo citar

Marchi, J. L. P., Sakae, T. M., & Magajewski, F. R. L. (2017). IMPACTO DO MODELO ESPANHOL DE GESTÃO NA DOAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E TECIDOS EM SANTA CATARINA NO PERÍODO ENTRE 2002 E 2014. Brazilian Journal of Transplantation, 20(2), 9–18. https://doi.org/10.53855/bjt.v20i2.81

Número

Sección

Artículo Original