CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E DESFECHOS DA INFECÇÃO POR TUBERCULOSE EM RECEPTORES DE TRANSPLANTE RENAL

Autores/as

  • Sávio de Oliveira Brilhante Universidade Federal do Ceará - Departamento de Medicina Clínica - Fortaleza/CE - Brasil.
  • Silvana Daher Costa Hospital Geral de Fortaleza - Fortaleza/CE - Brasil.
  • Guilherme Aguiar Forte Universidade Federal do Ceará - Departamento de Medicina Clínica - Fortaleza/CE - Brasil.
  • Marina Santos Carvalho Universidade Federal do Ceará - Departamento de Medicina Clínica - Fortaleza/CE - Brasil.
  • Elizabeth De Francesco Daher Universidade Federal do Ceará - Departamento de Medicina Clínica - Fortaleza/CE - Brasil.
  • Tainá Veras de Sandes-Freitas Universidade Federal do Ceará - Departamento de Medicina Clínica - Fortaleza/CE - Brasil/  Hospital Geral de Fortaleza - Fortaleza/CE - Brasil.
  • Ronaldo de Matos Esmeraldo Hospital Geral de Fortaleza - Fortaleza/CE - Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.53855/bjt.v21i4.58

Palabras clave:

Transplante Renal, Tuberculose, Imunossupressão

Resumen

Objetivo: Esse estudo objetivou avaliar as características demográficas, clínicas e os desfechos da infecção por tuberculose (TB) após o transplante renal (TxR). Métodos: Estudo de coorte retrospectiva, incluindo receptores de TxR de um único centro de transplantes localizado no Nordeste do País. Foram considerados para análise os pacientes com diagnósticos realizados no período de 2004 a 2018 (n=33). Resultados: Os pacientes da coorte eram predominantemente homens (54,5%), adultos jovens (39,8+12,3 anos), com mediana de 29,8 meses de transplante. Nove fizeram tratamento para TB latente (LTBI). O regime imunossupressor principal foi indução com Thymoglobuline (48,4%) em associação com tacrolimo e ácido micofenólico (MPA) (72,7%). O sintoma inicial mais frequente foi febre (63,6%), seguido da perda ponderal (21,2%) e tosse (21,2%). Vinte e quatro pacientes tiveram TB localizada, cinco tiveram formas disseminadas e quatro pacientes receberam tratamento empírico sem definição de sítio. Todos foram submetidos ao tratamento com rifampicina, isoniazida e pirazinamida, com ou sem etambutol. O tempo médio de tratamento foi de 8,4+3,8 meses. Sete pacientes apresentaram hepatotoxicidade e dois apresentaram neuropatia periferica. A concentração de tacrolimo reduziu de 5,4 +1,9 ng/mL pré-tratamento para 1,6+0,6 ng/mL pós-tratamento (menor concentração), sendo a dose aumentada em 75,5% durante o tratamento. Doze pacientes apresentaram suspensão parcial ou completa da imunossupressão durante o tratamento. 79% dos pacientes evoluíram com lesão renal aguda (LRA), sendo, de acordo com o estadiamento KDIGO, 15 pacientes eram KDIGO 1, 8 eram KDIGO 2 e 3 eram KDIGO 3, e a principal causa foi LRA pré-renal. Três pacientes morreram no curso da doença ou do tratamento. Conclusões: A TB aconteceu tardiamente no curso do transplante e febre foi o principal sintoma inicial. Houve um elevado percentual de formas extrapulmonares. Como reportado em estudos prévios, o tratamento empírico é uma realidade no contexto do transplante. O tratamento associou-se à redução da concentração do inibidor de calcineurina por provável interação com a rifampicina. Foi elevado o percentual de disfunção aguda do enxerto renal.

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Publicado

2018-09-01

Cómo citar

Brilhante, S. de O., Costa, S. D., Forte, G. A., Carvalho, M. S., Daher, E. D. F., Sandes-Freitas, T. V. de, & Esmeraldo, R. de M. (2018). CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E DESFECHOS DA INFECÇÃO POR TUBERCULOSE EM RECEPTORES DE TRANSPLANTE RENAL. Brazilian Journal of Transplantation, 21(4), 11–16. https://doi.org/10.53855/bjt.v21i4.58

Número

Sección

Artículo Original