CAMPANHA DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v22i4.54Palabras clave:
Obtenção de Tecidos e Órgãos, Sensibilização Pública, Comunicação, FamíliaResumen
Introdução: A doação de órgãos representa enorme potencial de salvar inúmeras vidas, porém, 40% dos familiares de falecidos por morte encefálica ainda negam a doação. Isso ocorre devido ao processo de luto e à falta de esclarecimento sobre o tema, impactando negativamente o número de doadores e ampliando as filas de espera. É, portanto, essencial conscientizar a população quanto à importância da doação de órgãos. Objetivo: Relatar a experiência da Campanha de Doação de Órgãos como método inovador e transformador importante conscientização da população e ao incentivo à doação de órgãos. Métodos: Trata-se de estudo descritivo, que objetiva relatar a experiência de acadêmicos do curso de graduação de medicina da universidade PUC-Campinas, durante a organização e participação da Campanha de Doação de Órgãos. Resultados: O Comitê PUC-Campinas da Federação Internacional da Associação de Estudantes de Medicina do Brasil (IFMSA Brazil), em parceria com a Organização de Procura de Órgãos e o Parque Dom Pedro Shopping realizaram, em 19 de maio de 2018, uma campanha na praça de alimentação do Shopping em Campinas. Foi oferecida capacitação prévia aos voluntários por meio de depoimentos e palestra multidisciplinar. O público foi abordado individualmente e de forma dinâmica, através da entrega de fichas que simulavam o número de expectantes em filas de transplante no Brasil. Desse modo, buscou-se induzir a curiosidade sobre o assunto, esclarecer dúvidas e informar quanto à possibilidade de se declarar doador de órgãos, estimulando o diálogo com familiares a respeito do tema. Como feedback, o público informou acerca de conversa prévia sobre ser doador e do desejo de sê-lo, após o evento. Foram abordadas 422 pessoas, sendo que pouco mais de um terço (35,3%) destas nunca havia discutido sobre doação de órgãos e, após o evento, quase a totalidade (94,5%) demonstrou desejo de ser doador. Dentre 25 voluntários, nenhum havia participado de atividade sobre o tema e 24 consideraram-se aptos a orientar terceiros, após a capacitação. Conclusão: A Campanha atuou sobre grande público e fomentou a conscientização de acadêmicos e dos participantes, e o incentivo ao diálogo, a fim de evitar que limitantes preveníveis como a falta de informação ou compreensão do tema impeçam o avanço das doações de órgãos, designificativa demanda.