ANÁLISE DE DADOS DOS PROTOCOLOS DE MORTE ENCEFÁLICA E DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS REALIZADOS NO NORTE DE MINAS GERAIS NO PERÍODO DE JANEIRO DE 2018 A JANEIRO DE 2019
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v22i1.41Palabras clave:
Obtenção de Tecidos e Órgãos, Transplante, Morte EncefálicaResumen
Introdução: A morte encefálica (ME) é definida como a parada total e irreversível da atividade do tronco cerebral e hemisférios cerebrais, diagnosticada através de dois exames clínicos e um exame complementar. O diagnóstico de ME e o processo de doação de múltiplos órgãos são temas complexos, e devem ser melhor pesquisados sobretudo na realidade brasileira. Objetivos: Analisar dados dos protocolos de morte encefálica e da doação de órgãos na Instituição Santa Casa de Misericórdia de Montes Claros - Minas Gerais. Métodos: Foi realizada pesquisa quantitativa, descritiva e retrospectiva, baseada em dados coletados na Santa Casa de Montes Claros Minas Gerais. Através da revisão de prontuário, foram analisados todos os pacientes elegíveis ao protocolo de morte encefálica de janeiro de 2018 a janeiro de 2019. Os dados foram organizados em uma planilha Excel composta das seguintes variáveis: sexo, idade, causa do óbito, exame comprobatório de ME, tempo da abertura do protocolo até a conclusão, contraindicaçães à doação, causa da recusa familiar e órgãos captados para doação. Resultados: Foram evidenciadas 92 suspeitas de morte encefálica, das quais somente 42 protocolos de ME foram concluídos com 18 doações de múltiplos órgãos e 13 recusas familiares. Conclusões: No presente estudo, constatou-se que a maior causa de ME foi AVE hemorrágico; 48% das suspeitas de ME tinham contraindicações à doação, além da recusa familiar de 42% dos potenciais doadores.