ANÁLISE DOS RESULTADOS INICIAIS DO PROGRAMA DE TRANSPLANTE RENAL DOADOR CADÁVER NO ESTADO DO PARÁ
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v8i1.408Palabras clave:
Transplante Renal, SobrevidaResumen
Objetivo: O programa de transplante renal doador cadáver no Estado do Pará teve seu início em Dezembro de 2000. O objetivo do presente estudo foi avaliar os resultados iniciais deste programa, assim como identificar os principais fatores de risco relacionados com a perda do enxerto. Métodos: Foram avaliados retrospectivamente 51 transplantes renais doador cadáver, quanto as sobrevidas do enxerto e dos pacientes de um, três e cinco anos. A sobrevida do enxerto serviu como censura na análise da importância de vários fatores de risco. Para análise das sobrevidas foi utilizado o método de Kaplan-Meier. O modelo de regressão univariado e multivariado de Cox foi utilizado para os fatores de risco. Resultados: As sobrevidas do enxerto e dos pacientes de um, três e cinco anos foram respectivamente 91%, 81% e 81% e 93%, 89% e 89%. Óbito com enxerto funcionante ocorreu em 62,5% dos pacientes. Os fatores de risco dos doadores não tiveram influência na perda do enxerto. Rejeição crônica, sorologia positiva para citomegalovírus e hepatite B ou C, complicações cirúrgicas e tempo de diálise mostraram-se significativos na análise univariada para perda do enxerto, entre os fatores de risco dos receptores. Conclusões: Óbitos com o enxerto funcionante representaram causa importante de falha. Medidas no sentido de melhorar a avaliação clínica pré-operatória e de atuar nos fatores de risco devem ser enfatizadas, visando melhorar os resultados em longo prazo do transplante renal doador cadáver.