COMPARAÇÃO ENTRE POTENCIAIS E EFETIVOS DOADORES DE CÓRNEA NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EVANGÉLICO DE CURITIBA
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v9i4.373Palabras clave:
Doadores de Tecidos, Causa da Morte, Transplante, Córnea, Bancos de OlhosResumen
Objetivo: Quantificar os potenciais doadores de córnea no Hospital Universitário Evangélico de Curitiba e comparar com os reais doadores. Separá-los conforme as unidades hospitalares onde foram atendidos. Verificar as principais causas base de óbito dos mesmos. Na impossibilidade de doação, evidenciar os critérios de exclusão mais prevalentes. Métodos: Estudo descritivo retrospectivo, realizado a partir da revisão de prontuários e atestados de óbito dos falecimentos ocorridos entre abril e julho de 2006 no Hospital Universitário Evangélico de Curitiba. Levantamento dos critérios de exclusão para doação, analisando: causa "mortis" e causa base do óbito, entre outros parâmetros. Resultados: Foram analisados 516 prontuários. Natimortos, recém-nascidos até dois anos e pacientes não identificados foram excluídos, totalizando uma amostra de 466 pacientes. Desses, 302 (64,8%) foram considerados potenciais doadores, 164 (35,2%) não-doadores. Dentre os 302 potenciais doadores houve apenas duas doações. Esse número representa 0,7% das possíveis doações. A principal causa base de óbito foi neoplasia maligna (29,8%). A maioria dos potenciais doadores foi a óbito no Pronto Socorro (22,2%), seguido por: UTI geral (10,5%). Os critérios de exclusão identificados foram: Septicemia (87,2%), linfoma ativo disseminado (4,3%), leucemia (3,7%), morte por causa desconhecida (3,0%), encefalopatia viral ativa (1,2%) e hepatite C (0,6%). Conclusão: Quando comparado ao número de potenciais doadores, o número efetivo de doações de córneas é muito pequeno. O setor de maior prevalência de potenciais doadores foi o Pronto Socorro. A principal causa base de óbito dos mesmos foi neoplasia. A maior causa de exclusão de potenciais doadores foi septicemia.