TRANSPLANTE AUTÓLOGO DE MEDULA ÓSSEA COMO TRATAMENTO DO MIELOMA MÚLTIPLO: EXPERIÊNCIA DA UNIDADE DE TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA DO HOSPITAL PORTUGUÊS DA BAHIA
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v9i4.371Palabras clave:
Mieloma Múltiplo, Transplante de Células Tronco Hematopoéticas, TratamentoResumen
Objetivo: Devido à distribuição heterogênea dos centros de transplante em nosso país, os autores têm por objetivo descrever a experiência de um centro nordestino de transplante de medula óssea no tratamento de mieloma múltiplo. Métodos: De setembro de 2001 a setembro de 2006 foram realizados e analisados 35 transplantes autólogos em pacientes com mieloma no Hospital Português da Bahia. Resultados: Houve predomínio do sexo feminino (1,5:1) e de não-brancos (1,3:1). A mediana de idade ao diagnóstico foi de 54 anos, sendo a maioria, secretores de IgG (68,6%), que apresentavam estagio clínico IIIA (88,6%). A indicação para o procedimento foi consolidação da remissão obtida inicialmente pela quimioterapia (54,3%) ou resgate de doença refratária (45,7%). A taxa de sobrevida global foi de 74,76 %, a taxa de sobrevida livre de doença foi de 60,75 % e a taxa de mortalidade foi de 5,7 % nos primeiros 100 dias. Quando avaliamos pacientes transplantados em relação à fase da doença no momento do procedimento, observamos que os transplantados em remissão completa tiveram sobrevida livre de doença superior àqueles transplantados não em remissão (72,98% vs 46,25%). Conclusão: Os resultados mostraram- se semelhantes aos da literatura mundial, reforçando o fato de que o transplante autólogo de medula óssea é fundamental na estratégia terapêutica contra o mieloma múltiplo e está disponível no nordeste brasileiro.