INCIDÊNCIA DE SOROLOGIA POSITIVA PARA CITOMEGALOVÍRUS EM DOADORES DE TECIDO CUTÂNEO DO BANCO DE TECIDOS DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v10i2.331Palabras clave:
Transplante de Pele, Infecção por Citomegalovírus, ImunologiaResumen
Introdução: Considerando a provável relação entre a utilização de enxertos de pele infectados por citomegalovírus (CMV) e o desenvolvimento de doença grave por parte de receptor imunocomprometido, procurou-se analisar a incidência de anticorpos anti-CMV das classes IgG e IgM em doadores de tecido cutâneo do Banco de Tecidos do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Objetivo: Analisar a incidência de sorologia positiva para anticorpos anti-CMV das classes IgG e IgM em doadores de tecido cutâneo do Banco de Tecidos do HC FMUSP. Método: Realizamos um estudo retrospectivo com 112 resultados sorológicos obtidos no período de maio de 2001 a maio de 2006. Resultados: Nenhuma das amostras de sangue pesquisadas apresentou resultado positivo para pesquisa de anticorpos anti-CMV da classe IgM, enquanto a positividade para IgG foi de 91,07% nas amostras pesquisadas. Assim, no grupo positivo para IgG (Grupo 1 n=102) o IgM foi negativo em 59 casos e não foi pesquisado em 43. Já no grupo negativo para IgG, (Grupo 2 n=10) o IgM foi negativo em 5 casos e não foi pesquisado em 5. Conclusão: Diante da alta prevalência de anticorpos anti-CMV da classe IgG em nossa casuística e da morbidade da doença citomegálica quando ativa em indivíduos imunocomprometidos, este trabalho sugere que os bancos de tecidos em geral e especificamente bancos de pele estabeleçam protocolos de triagem de tecidos que contemplem pesquisa sorológica para CMV.