RECONSTRUÇÕES ARTERIAIS NO BACKTABLE DO TRANSPLANTE DE FÍGADO: ONDE ESTAMOS?
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v23i3.33Palabras clave:
Transplante de Fígado, Trombose da Artéria Hepática, Complicações BiliaresResumen
Introdução: O transplante hepático é um procedimento complexo e desafiador. As reconstruções arteriais no backtable são fundamentais para que anastomoses arteriais apropriadas sejam proporcionadas ao paciente. Apesar de a incidência no geral ser baixa, a TAH é um fato que pode levar a diversos efeitos devastadores, aumentando de forma voraz a mortalidade do paciente, e devido às frequentes anastomoses na reconstrução arterial hepática, o risco dessa complicação aumenta bastante, trazendo possibilidade de perda do enxerto. Outro conjunto de complicações possíveis da reconstrução arterial no backtable em transplante ortotópico de fígado são as complicações biliares anastomóticas. Objetivo: Revisar as principais complicações oriundas da reconstrução arterial e suas respectivas causas no transplante hepático, bem como identificar pacientes expostos a fatores de risco para o desenvolvimento desses contextos. Métodos: Foi realizada uma revisão de literatura no PUBMED, utilizando a combinação dos descritores Liver transplant AND Arterial reconstruction AND complication. Resultados: As complicações vasculares após transplante hepático aumentam de forma significativa a morbidade, podendo contribuir, por exemplo, para perda do enxerto e isquemia biliar. Os fatores de risco para o desenvolvimento de trombose da artéria hepática não são ainda completamente esclarecidos. É recomendado que se utilize um enxerto arterial mais curto, afim de evitar a ocorrência de trombose da artéria hepática. Além do aspecto técnico ser crucial para definição do prognóstico, outros fatores determinantes são descritos na literatura, como os imunológicos, anormalidades no processo de coagulação, tabagismo, infecções e doadores com idade superior a 60 anos. A chave para o sucesso de uma reconstrução arterial passa por cuidadosa seleção e preparação de um recipiente apropriado. Conclusão: É fundamental que os cirurgiões saibam detectar os fatores de risco associados, reconhecer clinicamente essas situaçães e agir precocemente, afim de preservar o paciente da perda do enxerto e de um provável retransplante, melhorando a sobrevida e a qualidade de vida desses indivíduos no pós-transplante.