TRANSFORMAÇÃO MALIGNA DE ADENOMA HEPÁTICO: DIAGNÓSTICO INCIDENTAL APÓS O TRANSPLANTE DE FÍGADO.
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v12i4.277Palabras clave:
Adenoma de Células Hepáticas, Carcinoma Hepatocelular, Transplante de FígadoResumen
O adenoma hepatocelular é um tumor hepático benigno, raro e geralmente solitário. Sua maior prevalência ocorre em mulheres que fazem uso de anticoncepcionais orais. Pode manifestar-se com dor no hipocôndrio direito, porém, na maioria dos pacientes é assintomático. As complicações mais temíveis são: hemorragia livre em peritônio por ruptura tumoral e degeneração maligna para carcinomahepatocelular (CHC). Descrevemos um caso de paciente com história de uso prolongado de anticoncepcional, que apresentava adenomas múltiplos, tendo indicação de laparotomia para ressecção cirúrgica. Ultrassom intra-operatório mostrou presença de esteatose hepática grau III e inúmeros adenomas que contra-indicaram a ressecção. Após acompanhamento ambulatorial por mais de dois anos, foi indicado transplante de fígado em razão da contra-indicação de ressecção dos adenomas associada a desconforto abdominal e baixa qualidade de vida. Foram encontrados incidentalmente focos de CHC em três adenomas no fígado explantado. Não havia aumento de alfa feto proteína ou evidencias radiológicas que sugerissem CHC. Embora transplante de fígado seja conduta radical e de exceção, pode ser usado em casos selecionados para tratamento de adenomas múltiplos que não permita a cirurgia de ressecção.