DOADOR DOMINÓ DE CORAÇÃO: POSSIBILIDADE DE APROVEITAMENTO DAS VALVAS CARDÍACAS
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v13i3.236Palabras clave:
Valvas Cardíacas, Implante de Prótese de Valva Cardíaca, Doadores de Tecidos, Transplante de Coração, Transplante de TecidosResumen
Introdução: As valvopatias destacam-se dentre as cardiopatias cirúrgicas, principalmente em nosso meio, sendo que muitas vezes a conservação da valva é difícil pelo extenso acometimento e a sua substituição torna-se imperativa. Entre os substitutos valvares, as próteses e biopróteses, os substitutos homólogos apresentam vantagens especiais; porém, seu maior fator limitante é a dificuldade de obtenção. Diante dessa situação, os corações nativos explantados nos transplantes podem representar importante fonte de oferta dos substitutos valvares. Objetivo: Verificar a real possibilidade de aproveitamento das valvas cardíacas oriundas de corações nativos explantados de transplante cardíaco. Método: Estudo do tipo exploratório, descritivo e documental, realizado em hospital da rede estadual de São Paulo, referente ao atendimento a doenças cardiovasculares. Resultados: A amostra foi composta por 202 corações de pacientes submetidos a transplante, sendo 155 (76,7%) homens e 47 deles com idade entre 56-70 anos (31,1%). Em relação à etiologia da cardiomiopatia, encontravam-se assim distribuídas: 51 (25,2%) possuíam tal informação, e destes, a mais frequente foi cardiomiopatia dilatada em 16 casos (31,4%). Dos 202 corações analisados, 114 (56,4%) a avaliação foi possível, sendo que destes, 69 (59,6%) laudos relataram que as valvas não possuíam alteração, enquanto 46 (40,4%) informavam presença de alteração valvar. As valvas cardíacas com menos frequência de alterações foram as pulmonares, em 82 (71,9%) casos e aórtica em 81 (71,1%). Conclusão: O estudo anatomopatológico de corações retirados de receptores cardíacos mostrou a existência de valvas cardíacas que poderiam ser utilizadas em transplante valvar, em especial da valva aórtica.