INFECÇÃO URINÁRIA PÓS-TRANSPLANTE RENAL E USO DE CATETER URETERAL DUPLO J
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v14i4.214Palabras clave:
Infecções Urinárias, Transplante de Rim, Infecções Relacionadas a CateterResumen
Introdução: O uso de cateter ureteral duplo J na cirurgia de transplante renal tem sido associado à redução nas complicações urológicas, mas seu impacto na frequência de infecção do trato urinário (ITU) é variável. Objetivos: Determinar a frequência de ITU pós-transplante renal dos patógenos envolvidos, da utilização de cateter ureteral duplo J na população em estudo, bem como avaliar o impacto da utiliza- ção de cateter duplo J na frequência de ITU em receptores de Transplante renal. Métodos: Foram incluídos no presente estudo de coorte retrospectivo todos os receptores submetidos a transplante renal no Hospital Universitário Walter Cantídeo no período entre janeiro de 1998 a agosto de 2004, com pelo menos três meses de seguimento pós-transplante. A coleta dos dados foi realizada através de revisão dos prontuários e fichas de acompanhamento ambulatorial desde o transplante até o período final do seguimento. Foi avaliada a frequência de ITU, o tempo pós-transplante do diagnóstico da ITU, os principais patógenos envolvidos, a terapia utilizada para a ITU, a frequência do uso de cateter ureteral duplo J e da ocorrência da complicação de fístula urinária na população em estudo. Resultados: A frequência de ITU na população em estudo foi de 47%. Os principais patógenos identificados foram Klebsiella pneumoniae, Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa. Um cateter ureteral duplo J foi utilizado em 69% dos pacientes, com permanência média de 20 dias. O uso de cateter ureteral duplo J na cirurgia do transplante não teve impacto na frequência de fístula urinária, mas esteve associado a uma chance 2,98 vezes maior de desenvolvimento de ITU, quando comparado ao grupo que não utilizou duplo J. Conclusões: A incidência de ITU na população em es- tudo foi de 47%, Um cateter ureteral duplo J foi utilizado em 69% dos pacientes e não apresentou impacto na frequência de fístula urinária, mas esteve associado a uma chance 2,98 vezes maior de desenvolver ITU.