REJEIÇÃO HIPERAGUDA COM CROSS-MATCH POR CITOTOXICIDADE NEGATIVO EM UM PROGRAMA DE ALOCAÇÃO DE ÓRGÃOS BASEADO EM HLA – PODEMOS PREVENIR?
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v14i1.196Palabras clave:
Rejeição, Anticorpos, Transplante Renal, Seleção de PacientesResumen
Desde 1997, o estado de São Paulo tem adotado um programa de alocação de rins baseado nos critérios propostos pelo United Network for Organ Sharing (U.N.O.S.). Relatamos o caso de um paciente de sexo masculino submetido a transplante renal com doador falecido, com zero incompatibilidade HLA, que evoluiu com rejeição hiperaguda, apesar de o crossmatch por linfocitotoxicidade (CXM) ser negativo para linfócitos T e B. O paciente era do tipo sanguíneo AB, apresentava duas transfusões sanguíneas prévias e atividade de anticorpos contra painel (PRA) negativa para antígenos HLA classe I, classe II e antígenos MIC, tanto em soro recente quanto em soro histórico. A repetição do crossmatch com soros históricos também apresentou resultados negativos. Como não havia mais células disponíveis do doador, não foi possível realizar crossmatch por citometria de fluxo (FCXCM). Neste trabalho, discutimos as vantagens e desvantagens, assim como a viabilidade de se realizar FCXCM para todos os pacientes.