FATORES DE INTERFERÊNCIA NO PROCESSO DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS: REVISÃO DA LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v15i2.180Palabras clave:
Comunicação, Doação de Órgãos, Relações Profissional-FamíliaResumen
O transplante de órgãos e tecidos é uma prática frequente na rotina médica. Para a doação, é necessário apenas o consentimento da família. Todavia, no processo, alguns entraves diminuem o número de doações. Objetivos: Através da revisão da literatura, objetivou-
-se identificar quais os fatores que interferem no consentimento de familiares de potenciais doadores falecidos após constatação de morte encefálica no processo de doação de órgãos e tecidos. Além disso, procurou-se identificar quais as condições consideradas adequadas para abordagem aos familiares dos potenciais doadores e avaliar o efeito da comunicação da má notícia no consentimento da doação de órgãos e tecidos. Método: Revisão da literatura, utilizando a base de dados OvidMedline, empregando as seguintes palavras-chave: “organ” ou “tissue” e “don*” ou “consent”, no período de junho de 2008 a maio de 2012. A busca limitou-se a arti- gos publicados em língua portuguesa e inglesa e que incluíam seres humanos adultos. Resultados e Discussão: Os fatores de recusa no consentimento mais citados são: dificuldade de compreensão do diagnóstico de morte encefálica, desconhecimento do desejo do falecido sobre a doação dos órgãos, necessidade da família de preservar a integridade do corpo do falecido, divergência de opiniões entre familiares a respeito da doação, tempo escasso para a tomada de decisão de doar e falha na comunicação entre o profissional e a família. O local não se configura como um fator de interferência, sendo somente destacada a importância da realização da entrevista em local privativo. Conclusão: O transplante de órgãos vem se firmando como prática que dá esperança de nova condição de vida para milhares de pessoas que apresentam disfunções diversas. Entretanto, para que isso ocorra, é importante que a captação de órgãos seja efetiva. Diversos fatores são apontados como de possível recusa como os supracitados. Sendo assim, para aumentar o índice de doações é importante que uma equipe de profissionais habilitados seja capacitada e ofereça não só um espaço de continência, mas também de acolhimento à família abordada. Além disso, a comunicação entre os membros da equipe e os familiares deve ser eficaz, favorecendo assim a intenção da doação.