INCIDÊNCIA E IMPACTO CLÍNICO DOS ACHADOS MICROBIOLÓGICOS DE CULTURA POSITIVA DO LÍQUIDO DE PRESERVAÇÃO NO TRANPLANTE HEPÁTICO
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v24i2.16Palabras clave:
Transplante de Fígado, Preservação de Órgãos, Infecção, Bactérias, FungosResumen
Objetivo: A infeção no pós-operatório é considerada uma das mais importantes causas de morbi-mortalidade após transplante hepático. Poucos estudos analisam a incidência de culturas positivas do líquido de preservação do enxerto e o outcome dos respetivos recetores. Estudamos a incidência e o impacto clínico de infeção do líquido de preservação de orgão para transplante hepático. Métodos: Cultivamos o líquido de preservaãoo (Celsior®) em 225 transplantes de fígado durante quatro anos consecutivos; os recetores de alto risco foram submetidos a um protocolo de profilaxia antibiótica de infeção pós-transplante, durante 48 horas, que consistia numa cefalosporina de 3a geração e netilmicina. Resultados: Setenta líquidos de preservação foram considerados positivos com uma três patógenos identificados. Destes, 31% eram flora saprofítica da pele, porém, em 29 casos (41,1%), isolamos patógenos de alta virulência. Apenas oito doentes desenvolveram febre no pós-operatório devido ao microorganismo isolado no líquido de preservação. Conclusão: Foram identificadas culturas positivas em 31,1% dos casos, sendo que um terço corresponde a flora saprofítica da pele. Os nossos resultados não suportam a realização por rotina de cultura do líquido de preservação, desde que haja um regime profilático de antibióticos adequado.