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Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial no Diagnóstico e Manejo da Hipertensão após o Transplante Renal

Autores

  • Fernando José Villar Nogueira Paes Universidade Federal do Ceará - Hospital Geral de Fortaleza – Setor de Transplantes – Fortaleza/CE, Brasil | Universidade Estadual do Ceará – Mestrado Profissional em Transplantes – Fortaleza/CE, Brasil.
  • Francisco Daniel Alves Albuquerque Universidade Federal do Ceará – Faculdade de Medicina – Departamento de Medicina Clínica – Fortaleza/CE, Brasil.
  • Valdimir Ferreira Maciel Universidade Federal do Ceará – Faculdade de Medicina – Departamento de Medicina Clínica – Fortaleza/CE, Brasil.
  • José Sebastião de Abreu Universidade Estadual do Ceará – Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia – Fortaleza/CE, Brasil.
  • Silvana Daher da Costa Hospital Geral de Fortaleza – Setor de Transplantes – Fortaleza/CE, Brasil.
  • Ronaldo de Matos Esmeraldo Hospital Geral de Fortaleza – Setor de Transplantes – Fortaleza/CE, Brasil.
  • Tainá Veras de Sandes-Freitas Hospital Geral de Fortaleza – Setor de Transplantes – Fortaleza/CE, Brasil | Universidade Estadual do Ceará – Mestrado Profissional em Transplantes – Fortaleza/CE, Brasil | Universidade Federal do Ceará – Faculdade de Medicina – Departamento de Medicina Clínica – Fortaleza/CE, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.53855/bjt.v25i4.487

Palavras-chave:

Pressão Arterial, Transplante de Rim, Insuficiência Renal Crônica

Resumo

Objetivo: Avaliar o comportamento da pressão arterial (PA) à monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) em receptores de transplante renal (TxR) estáveis, confrontando seus achados com as aferições manuais. Método: Estudo transversal incluindo 44 receptores de TxR de hospital público quaternário, com função renal estável, entre o 3o e 6o mês pós-TxR. Análises de concordância entre medida convencional e MAPA foram realizadas considerando dois limites de normalidade: limites I: PAambulatorial < 130/80 mmHg e PA média total à MAPA < 125/75 mmHg; limites II: PA ambulatorial < 140/90 mmHg e PA média total à MAPA < 130/80 mmHg. Resultados: Predominaram homens (54,5%) com idade média de 44 anos, em uso de anti-hipertensivos (75%). A prevalência de hipertensão arterial sistêmica (HAS) mascarada considerando os limites I foi de 15,9% quando comparada à aferição mais próxima à MAPA, e 31,8% quando confrontada com a média das três aferições prévias à MAPA.Considerando os limites II, a HAS mascarada ocorreu em 22,7% quando comparada com a aferição mais próxima à MAPA e em 38,6% quando se utilizou a média das aferições.Comprometimento do descenso noturno ocorreu em 40 (90,9%) pacientes. Considerando a MAPA como padrão-ouro, a acurácia da aferição manual mais próxima à monitorização foi de 72,7% para limites I. Quando considerada a média das aferições, a acurácia foi de 56,8% para os mesmos limites. A acurácia de acordo com os limites II foi 68,2% e 54,6% para a medida mais próxima à MAPA e para a média das aferições, respectivamente. Houve pobre concordância diagnóstica entre MAPA e medidas ambulatoriais (Kappa = 0,095 a 0,374). Os valores dos coeficientes lineares (R) para pressões sistólicas foram 0,609 e 0,671 para primeira aferição mais próxima à MAPA e para a média das aferições, respectivamente. Tais coeficientes para pressões diastólicas foram 0,521 e 0,454, respectivamente. Conclusão: Houve baixa concordância entre as aferições manuais e a MAPA, especialmente quanto à PA diastólica. A maioria dos pacientes apresentou descenso noturno alterado. Esses dados indicam a utilidade da MAPA na abordagem da HAS dessa população, além de oferecer informações adicionais quanto ao comportamento circadiano da PA.

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Publicado

2022-12-23

Versões

Como Citar

Paes, F. J. V. N., Albuquerque, F. D. A., Maciel, V. F., Abreu, J. S. de, Costa, S. D. da, Esmeraldo, R. de M., & Sandes-Freitas, T. V. de. (2022). Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial no Diagnóstico e Manejo da Hipertensão após o Transplante Renal. Brazilian Journal of Transplantation, 25(4). https://doi.org/10.53855/bjt.v25i4.487

Edição

Seção

Artigo Original