Impacto da Imunossupressão na Gravidade da Infecção por Sars-CoV-2 em Transplantados Renais
Palavras-chave:
COVID-19, Transplante de Rim, ImunosupressãoResumo
Os pacientes transplantados renais apresentam elevada taxa de letalidade após a infecção por síndrome respiratória aguda grave 2 (Sars-CoV-2). Além disso, a resposta imune vacinal é menor e menos duradoura, o que os torna mais susceptíveis a formas graves, mesmo quando vacinados. As evidências sugerem que, além da idade avançada e da elevada prevalência de comorbidades frequentemente associadas a pior prognóstico, como diabetes, obesidade e doenças cardiovasculares, a imunossupressão prolongada exerce um efeito independente sobre os desfechos. De fato, a resposta imune adaptativa celular e humoral, a qual está inibida pela imunossupressão, é passo fundamental para a resolução da infecção por Sars-CoV-2. Por outro lado, a inibição linfocitária poderia modular a produção aberrante de citocinas pró-inflamatórias que resultam no grave comprometimento pulmonar, amenizando a gravidade do quadro. Além disso, alguns fármacos imunossupressores possuem propriedades antivirais, potencialmente aplicáveis ao coronavírus. Essa revisão narrativa teve como objetivo discutir as evidências disponíveis sobre o impacto dos fármacos imunossupressores sobre os desfechos da Covid-19 em transplantados renais.
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Copyright (c) 2022 Tainá Veras de Sandes Freitas, Lúcio Requião-Moura, Hélio Tedesco-Silva
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