FATORES RELACIONADOS À NÃO AUTORIZAÇÃO DA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS JUNTO A FAMILIARES QUE RECUSARAM A DOAÇÃO

Autores

  • Simey de Lima Lopes Rodrigues Universidade Estadual de Campinas - Organização de Procura de Órgãos (SP) - Brazil
  • Ilka de Fatima Santana Ferreira Boin Departamento de Cirurgia da
  • Helder Jose Lessa Zambelli Universidade Estadual de Campinas - Organização de Procura de Órgãos (SP) - Brazil
  • Luiz Antônio da Costa Sardinha Universidade Estadual de Campinas - Organização de Procura de Órgãos (SP) - Brazil
  • Elaine Cristina Ataíde Universidade Estadual de Campinas - Faculdade de Ciências Médicas - Departamento de Cirurgia - Campinas/SP- Brasil.
  • Marli Elisa Nascimento Fernandes Universidade Estadual de Campinas - Hospital das Clínicas da Unicamp – Campinas (SP) – Brazil.

DOI:

https://doi.org/10.53855/bjt.v24i4.429

Resumo

Objetivo: Caracterizar o processo de diagnóstico de morte encefálica (ME) dos potenciais doadores (PD), compreender as condições e os momentos que as informações dos PD foram relatadas aos familiares em relação às condições clínicas dos PD, do diagnóstico de ME e da entrevista para a doação. Método: Estudo quantitativo, descritivo, exploratório e retrospectivo, com 76 potenciais doadores notificados em 2015, não efetivados devido à recusa familiar, sendo os dados obtidos por meio das informações de prontuários da Organização de Procura de Órgãos do Hospital das Clínicas da Unicamp e submetidos à análise descritiva. Resultados: Predominaram indivíduos brancos (75%), masculinos (61,8%), idade entre 20 e 60 anos (78,9%), casados (42,1%), hospitalizados nas redondezas de Campinas (47,4%), acometidos de acidente vascular encefálico (56,6%) e assistidos em unidades de terapia intensiva (77,7%) e em emergências (21,1%). O tempo de internação até o diagnóstico de morte encefálica variou de um a 29 dias, sendo 87,4% das vezes, esclarecida a morte encefálica aos familiares até 12 horas após o óbito. Quanto às entrevistas, 78,4% das famílias foram entrevistadas imediatamente após o esclarecimento da morte encefálica; somente 65,2% destas foram feitos em ambientes privados; 57,9% por profissionais que atuam na doação; 43,4% referiam-se a parente de primeiro grau. Entre os motivos para a não doação, destacaram-se: falecido que não era doador (21%), tempo prolongado para devolver o corpo para o sepultamento (19,7%), religioso (14,5%) e familiares que não acreditam em morte encefálica (13,2%). Conclusão: Verificou-se predomínio de PD em leitos intensivos, porém há ainda muitos mantidos nas emergências; a comunicação de morte foi realizada em ambientes não-privados e por profissionais não capacitados, tendo estes influenciado na incidência de não doações.

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Publicado

2021-12-22

Como Citar

Rodrigues, S. de L. L., Boin, I. de F. S. F., Zambelli, H. J. L., Sardinha, L. A. da C., Ataíde, E. C., & Fernandes, M. E. N. (2021). FATORES RELACIONADOS À NÃO AUTORIZAÇÃO DA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS JUNTO A FAMILIARES QUE RECUSARAM A DOAÇÃO. Brazilian Journal of Transplantation, 24(4), 10–18. https://doi.org/10.53855/bjt.v24i4.429

Edição

Seção

Artigo Original