CALCIFICAÇÕES DO ENXERTO HEPÁTICO EM UM CASO DE REJEIÇÃO AGUDA
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v23i2.30Palavras-chave:
Transplante de Fígado, Diagnóstico por Imagem, Rejeição de Enxerto, IsquemiaResumo
Os exames de imagem são amplamente utilizados na avaliação de complicações após transplante hepático. Entretanto, os relatos na literatura de calcificações do enxerto são raros e inespecíficos, podendo remeter mais frequentemente a dano por injúria-reperfusão, isquemia ou até mesmo rejeição. Relatamos o caso de um paciente do sexo masculino, quarenta e oito anos de idade, diabético e hipertenso, internado para transplante hepático por cirrose criptogênica e esquistossomose. Cerca de vinte dias após o transplante apresentou alterações de parâmetros clínicos e bioquímicos com elevação de enzimas canaliculares e hiperbilirrubinemia à custa de bilirrubina direta, com exames de imagens demonstrando calcificações hepáticas distróficas pericapsulares, bem como estenose da artéria hepática, sendo realizada angioplastia sem colocação de stent. Biópsia por punção do enxerto hepático evidenciou rejeição celular aguda. São necessários novos estudos com maior descrição e caracterização das calcificações hepáticas pós-transplante, bem como compreensão dos mecanismos que proporcionam estas calcificações, visto que a detecção precoce de complicações pós-transplante ajudará a diminuir as taxas de morbidade e permite a recuperação do enxerto em casos selecionados.