ESTUDO DO PERFIL DOS DOADORES ELEGÍVEIS DE ÓRGÃOS E TECIDOS NO HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA/MG
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v18i2.125Palavras-chave:
Perfil de Saúde, Perfil Epidemiológico, Doadores de Tecidos, Obtenção de Tecidos e Órgãos, TransplantesResumo
A Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes do Hospital de Clínicas de Uberlândia busca sempre melhorar e aumentar o número de doadores de múltiplos órgãos. O estudo em questão fez-se necessário para conhecimento do perfil dos doadores elegíveis de órgãos e tecidos em morte encefálica. Objetivo: Identificar o índice de doação e os tipos de órgãos e tecidos doados; o perfil dos doadores elegíveis: faixa etária, gênero, estado civil, causa morte, se houve ou não doação e quais órgãos e tecidos foram doados; e motivos da não doação em pacientes diagnosticados com morte encefálica, se houve recusa ou contraindicação para doação. Método: Trata-se de uma pesquisa descritiva, retrospectiva, de abordagem quantitativa, que foi realizada no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia. A coleta de dados foi baseada na revisão de prontuários de todos os pacientes com diagnóstico de morte encefálica nesta instituição, no período de outubro de 2013 a maio de 2015. Resultados: Foram concluídos e notificados 50 casos de indivíduos em morte encefálica. Dessa amostra, prevaleceu o gênero masculino, com 60%; a faixa etária predominante foi entre 40 e 60 anos; quanto ao estado civil, prevaleceram os solteiros, com 54%; dentre as causas morte, prevaleceram traumatismo crânio encefálico e acidente vascular cerebral com 34% cada; quanto à viabilidade, 35 protocolos eram casos viáveis para doação de órgãos e tecidos e 15 eram contra indicados para doação. Dentre as contraindicações para doação, prevaleceu a sepse, com 33%; dentre os casos viáveis para doação (35), 60% tornaram-se doadores de múltiplos órgãos e, dentre os doadores efetivados, prevaleceu a retirada dos rins, com 43%. Conclusão: A educação permanente é extremamente necessária frente a todo esse processo, tanto para capacitação interna dos membros da CIHDOTT, quanto dos profissionais de saúde envolvidos em todo o processo de diagnóstico de morte encefálica e de manutenção do potencial doador. Várias problemáticas foram identificadas ao longo deste estudo e esse processo de capacitação será de grande valia para iniciar a resolutividade dos mesmos.