TROMBOSE VENOSA PORTAL EM TRANSPLANTAÇÃO HEPÁTICA – NOSSOS RESULTADOS E TÉCNICA CIRÚRGICA

Autores

  • Nádia Silva Hospital Curry - Lisboa - Portugal
  • João Santos Coelho Hospital Curry - Lisboa - Portugal
  • Hugo Pinto Marques Hospital Curry - Lisboa - Portugal
  • Américo Martins Hospital Curry - Lisboa - Portugal

DOI:

https://doi.org/10.53855/bjt.v24i1.6

Palavras-chave:

Trombose Venosa, Transplante de Fígado, Veia Porta

Resumo

Introdução: Transplante de fígado ainda é um desafio cirúrgico, principalmente nos casos de trombose da veia porta. Enquanto alguns doentes em lista para transplante hepático são diagnosticados com essa condição no pré-operatório, outros são detetados durante a cirurgia de transplante. Dependendo da extensão da trombose, existem várias técnicas de revascularização portal. No entanto, os resultados estão longe de serem os desejáveis. Objetivos: O objetivo deste artigo é relatar nossa experiência na abordagem da trombose portal no transplante hepático e descrever técnicas cirúrgicas alternativas para a trombose de grau III. Material e métodos: Avaliamos 70 recetores de transplante de fígado com trombose da veia porta submetidos a transplante entre dezembro de 2009 e agosto de 2018. Nesse período, 847 transplantes de fígado foram realizados. Avaliamos a técnica cirúrgica, o pós-operatório, recorrência da trombose portal e a sobrevida. Resultados: A incidência de trombose da veia porta em pacientes transplantados nesse período foi de 8%. Metade dos doentes foi diagnosticada durante a cirurgia, embora 89% tenham realizado doppler ou tomografia computadorizada com contraste endovenoso nos 3 meses anteriores ao transplante. A maioria, 40%, apresentava trombose de grau I e 21% apresentava trombose de grau III, de acordo com a classificação de Yerdel. 87% foram submetidos a trombectomia e anastomose portal direta. Os restantes exigiram o uso de outras técnicas cirúrgicas que incluíam reconstrução com enxerto venoso, nomeadamente, o enxerto "em Y cavo-ilíaco". Conclusão: A trombose venosa portal é subdiagnosticada; no entanto, não é mais considerada uma contraindicação para transplante. Existem técnicas alternativas para responder a casos com trombose mais extensa da veia porta.

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Publicado

2021-09-07

Como Citar

Silva, N., Coelho, J. S., Marques, H. P., & Martins, A. (2021). TROMBOSE VENOSA PORTAL EM TRANSPLANTAÇÃO HEPÁTICA – NOSSOS RESULTADOS E TÉCNICA CIRÚRGICA. Brazilian Journal of Transplantation, 24(1), 33–38. https://doi.org/10.53855/bjt.v24i1.6

Edição

Seção

Artigo Original