USO DE ENXERTOS RENAIS DE DOADORES FALECIDOS COM LESÃO AGUDA POR RABDOMIÓLISE É POSSÍVEL?

Autores

  • Fernanda Folla Pompeu Marques Pontifícia Universidade Católica de São Paulo- Faculdade de Ciências Médicas - São Paulo/SP - Brasil.
  • Emanuela Yumi Fugisawa de Mello Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - Faculdade de Ciências Médicas - São Paulo/SP - Brasil.
  • Tiago Genzini de Miranda Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - Faculdade de Ciências Médicas - São Paulo/SP - Brasil.
  • Natallia Meira Gonsalez Faculdade de Medicina do ABC – Santo André/SP-Brasil.
  • Isabela Pereira Blanco Faculdade de Medicina do ABC – Santo André/SP-Brasil.
  • Marcio Paredes Grupo Hepato – Departamento de Transplantes de Órgãos Abdominais do Hospital Leforte - São Paulo/SP - Brasil.
  • Leon Alvim Grupo Hepato – Departamento de Transplantes de Órgãos Abdominais do Hospital Leforte - São Paulo/SP - Brasil.
  • Celia Watanabe Grupo Hepato – Departamento de Transplantes de Órgãos Abdominais do Hospital Leforte - São Paulo/SP - Brasil.
  • Francisco Sergi Grupo Hepato – Departamento de Transplantes de Órgãos Abdominais do Hospital Leforte - São Paulo/SP - Brasil.
  • Juan Branez Grupo Hepato – Departamento de Transplantes de Órgãos Abdominais do Hospital Leforte - São Paulo/SP - Brasil.
  • Marcelo Perosa Grupo Hepato – Departamento de Transplantes de Órgãos Abdominais do Hospital Leforte - São Paulo/SP - Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.53855/bjt.v20i4.91

Palavras-chave:

Transplante Renal, Rabdomiólise, Doação de Órgãos, Lesão Renal Aguda

Resumo

Introdução: Transplante de rim (TR)  é a terapêutica de escolha para doença renal terminal. A universal desproporção entre demanda para TR e doadores disponíveis exige o desenvolvimento de novas estratégias para aumento da oferta de enxertos renais. Entre estas, citam-se o aumento de TR intervivos e o uso de doadores falecidos com critérios expandidos (DCE). Enxertos com lesão renal aguda (LRA) representam uma das situações de DCE, e sua utilização persiste sendo tema controverso diante da incerteza da reversão da lesão renal pós-TR. Rabdomiólise (RB) é a causa de 7 a 10% dos enxertos com LRA e decorre da liberação de mioglobina na circulação e consequente lesão tubular por mecanismos diversos. Objetivos: Motivados por oferta recente de enxerto renal com RB e posterior não autorização de uso pela Organização de Procura de Órgãos, os autores objetivaram revisar a literatura sobre a viabilidade de TR de doador falecido com RB. Métodos: Revisão da literatura do banco de dados Medline usando descritores específicos, no período de 2000 a 2018. Resultados: Sete artigos demonstraram experiências com total de 51 TR de enxertos com RB. Dos 29 doadores com RB, 20,7% encontravam-se em hemodiálise no momento da doação e a mediana da creatinina era de 3,9 mg/dl. TR com doadores em RB apresentaram função retardada do enxerto em 35,3% dos casos, mas um mês após a cirurgia, os rins mostraram recuperação total e função normal, confirmadas por biópsia. Conclusão: Não há critérios brasileiros bem estabelecidos para uso de enxertos renais com RB, mas estudos atuais demonstram bons resultados e recuperação da função renal na grande maioria desses casos. Por enquanto, o aproveitamento de enxertos renais com RB deveria ficar a critério e julgamento de cada equipe.

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Publicado

2017-09-01

Como Citar

Marques, F. F. P., Mello, E. Y. F. de, Miranda, T. G. de, Gonsalez, N. M., Blanco, I. P., Paredes, M., Alvim, L., Watanabe, C., Sergi, F., Branez, J., & Perosa, M. (2017). USO DE ENXERTOS RENAIS DE DOADORES FALECIDOS COM LESÃO AGUDA POR RABDOMIÓLISE É POSSÍVEL?. Brazilian Journal of Transplantation, 20(4), 20–24. https://doi.org/10.53855/bjt.v20i4.91

Edição

Seção

Relato de Caso