ANGIOTOMOGRAFIA NA AVALIAÇÃO VASCULAR DO RECEPTOR ANTES DO TRANSPLANTE RENAL: REVISÃO DE LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v24i1.9Palavras-chave:
Angiografia por Tomografia Computadorizada, Placa Aterosclerótica, Transplante de RimResumo
Calcificações arteriais e lesões ateroscleróticas, que apresentam alta incidência em pacientes renais crônicos, são importantes fatores de risco para complicações pós-operatórias imediatas e tardias após transplante renal. A angiotomografia computadorizada das artérias ilíacas pode demonstrar com precisão doenças arteriais, incluindo a localização e extensão da calcificação arterial, assim como o calibre arterial, o que permitiria melhor planejamento cirúrgico do local de implantação renal. Objetivo: Essa revisão de literatura teve como objetivo verificar o papel desse exame como método diagnóstico de doença arterial ateromatosa na região dos vasos ilíacos em pacientes candidatos à terapia renal substitutiva, por meio da análise de estudos primários de pacientes submetidos a esse exame. Métodos: A metodologia utilizada foi uma busca literária em bases de dados eletrônicas (PubMed, LILACS, Google Acadêmico e Cochrane Library), datando de 2003 a 2018. Resultados: A busca literária resultou em um total de 100 artigos, com 29 deles selecionados baseados no título e resumo, e destes, somente 6 estavam de acordo com os critérios de inclusão. A angiotomografia computadorizada permitiu alta acurácia no diagnóstico de calcificação, com sensibilidade variando de 71% a 100% e especificidade variando de 73% a 92%. A CTA foi utilizada para planejamento cirúrgico com base no grau de calcificação e mostrou que houve alteração do local da anastomose ou procedimentos vasculares antes do transplante em 25,2%, cancelamento do transplante devido ao grau de calcificação arterial em 7,6%, perda do enxerto em 6,8% e óbito em 3,9% dos casos. Conclusão: A angiotomografia computadorizada tem papel significativo na detecção de calcificações vasculares, permitindo melhor planejamento cirúrgico.