INSIGHTS COMPORTAMENTAIS SOBRE A DOAÇÃO DE ÓRGÃOS: COMO A ECONOMIA COMPORTAMENTAL PODE CONTRIBUIR PARA O DÉFICIT DE ÓRGÃOS PARA TRANSPLANTE
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v20i2.83Palavras-chave:
Doação de Órgãos, Economia Comportamental, Tomada de DecisãoResumo
De acordo com dados recentes, no Brasil 43% das famílias entrevistadas não autorizam a doação dos órgãos de seus familiares. Compreender, portanto, as variáveis atuantes e o complexo processo de tomada de decisão na doação de órgãos torna-se fundamental para que novos esforços, visando elevar as taxas de consentimento no país sejam implementados. O presente trabalho visa apresentar características comportamentais com potencial de enriquecer a compreensão sobre o processo de tomada de decisão na doação de órgãos como framing, status quo, normas sociais, inércia e procrastinação, alem de revelar experimentos e aplicaçães em políticas públicas inspiradas em tais insights já realizados ao redor do mundo e seus respectivos resultados. Trata-se de estudo reflexivo, baseado no referencial teórico da Economia Comportamental (behavioral economics). Conclui-se, a partir da presente reflexão, que as características comportamentais relatadas apresentam potencial explanatório relevante. Incorporá-las ao modelo atual de tomada de decisão na doação de órgãos não só indica possível contribuição para o esforço da abordagem familiar, mas também o direcionamento de campanhas sobre o tema e, futuramente, melhor desenho do ambiente de escolhas (nudge).