TRANSPLANTE HEPÁTICO NA INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA GRAVE INDUZIDA POR IMATINIBE

Autores

  • Danilo Nakaya Alvarenga de Rezende Santa Casa de São Paulo - Faculdade de Ciências Médicas - São Paulo/SP – Brasil.
  • Natalia Campregher Confuorto Romano Santa Casa de São Paulo - Faculdade de Ciências Médicas - São Paulo/SP – Brasil.
  • Gabriela Tomaz Martinho Santa Casa de São Paulo - Faculdade de Ciências Médicas - São Paulo/SP – Brasil.
  • Pedro de Souza Lucarelli Antunes Santa Casa de São Paulo - Faculdade de Ciências Médicas - São Paulo/SP – Brasil.
  • Talita Di Santi Santa Casa de São Paulo - Faculdade de Ciências Médicas - São Paulo/SP – Brasil.
  • Marcelo Callado Fantauzzi Santa Casa de São Paulo - Faculdade de Ciências Médicas - São Paulo/SP – Brasil.
  • Bruno Vaz Kerges Bueno Hospital Samaritano - Departamento de Cardiologia - São Paulo/SP – Brasil.
  • André Ibrahim David Hospital Samaritano – Núcleo de Gastroenterologia - São Paulo/SP – Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.53855/bjt.v21i4.59

Palavras-chave:

Imatinibe, Transplante Hepático, Insuficiência Hepática

Resumo

AMM, sexo feminino, 40 anos, portadora de leucemia mieloide crônica (LMC), em uso de Imanitibe 400 mg/dia desde o diagnóstico da doença, em 13/06/2016; foi internada no dia 21/01/2018 para investigação, com história de icterícia, náuseas e vômitos em grande quantidade há uma semana da data da internação. Após seis dias, a paciente foi diagnosticada com insuficiência hepática aguda grave, apresentava-se ictérica 4+/4+ e com bilirrubina de 5,41 g/dL, albumina de 2,8, INR de 4,1, ascite moderada, creatina s rica de 0,7mg/dL. O transplante foi realizado 13 dias após a internação com fígado de doador falecido, com morte encefálica. Procedimento foi realizado sem intercorrências. Imatinibe   é um inibidor seletivo da BCR-ABL tirosina quinase, uma enzima que tem atividade na Leucemia Mieloide Crônica (LMC) e tumores estromais gastrointestinais. A droga é metabolizada no fígado pelo sistema de enzimas CYP3A4, e gera muitos metabólitos ativos. Reportamos um caso de uma mulher de 40 anos, em uso de Imatinibe por um ano e sete meses até o reconhecimento de sua hepatoxicidade. Na literatura, recomenda-se que sejam feitos testes de função hepática antes do início do tratamento de LMC, e que tais parâmetros sejam monitorizados mensalmente ou segundo recomendações clínicas. Além disso, é  possível observar que há  boa recuperação da hepatotoxicidade de alguns pacientes apenas com a parada da droga, se as alterações hepáticas forem diagnosticadas a tempo. O manejo mais eficiente da LMC após o transplante ainda não foi estabelecido. No caso reportado, o uso de PRISMA antes, durante e após o transplante pode ter sido responsável pelo bom prognóstico.

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Publicado

2018-09-01

Como Citar

Rezende, D. N. A. de, Romano, N. C. C., Martinho, G. T., Antunes, P. de S. L., Santi, T. D., Fantauzzi, M. C., Bueno, B. V. K., & David, A. I. (2018). TRANSPLANTE HEPÁTICO NA INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA GRAVE INDUZIDA POR IMATINIBE. Brazilian Journal of Transplantation, 21(4), 17–21. https://doi.org/10.53855/bjt.v21i4.59

Edição

Seção

Relato de Caso